EDISO 2019: IV SIMPOSIO INTERNACIONAL EDISO: VOZES, SILêNCIOS E SILENCIAMENTOS NOS ESTUDOS DO DISCURSO
PROGRAM FOR FRIDAY, JUNE 7TH
Days:
previous day
all days

View: session overviewtalk overview

09:15-11:15 Session 10A: Comunicacións libres. Presidenta de mesa: Olga Cruz Moya
Location: D12
09:15
Nova abordagem do discurso histórico sobre a guitarra/viola peninsular

ABSTRACT. Os estudos históricos, musicológicos e organológicos sobre os cordofones dedilhados de mastro, em especial as guitarras/violas, têm sido habitualmente focados na produção musical nacional em cada Estado europeu sem atender às deslocalizações e interações entre instrumentos e territórios. Na elaboração do discurso tem-se abandonado a visão de conjunto, tanto no nível peninsular e insular quanto no continental, que explica os contextos sociais do uso destes instrumentos durante o Antigo Regime e a nova função simbólica surgida da grande transformação do século XIX. A classificação organológica de Hornbostel-Sachs (1914) e algumas interpretações historiográficas de final do século XX não tem ajudado a sistematizar a complexa realidade europeia dos cordofones dedilhados de mastro. Hornbostel e Sachs introduzem uma divisão (zithers vs. lauten/guitarren) que aumenta o caos classificatório, visto o elevado número de derivados das palavras kithara (gr.) e viula (occ.) que se aplicam a estes instrumentos. Esta comunicação livre, realizada com dados pertencentes à tese A guitarra na Galiza (USC) em período de redação, identifica alguns elementos interpretativos responsáveis da confusão na história dos cordofones dedilhados europeus, analisa a matéria tendo em conta os contextos sociopolíticos da história peninsular e propõe uma classificação da família dos cordofones de mastro, especialmente para os dedilhados, ainda que também aplicável aos de arco. A visão essencialista dos instrumentos (discurso da origem) silencia a visão geográfica e viageira (discurso da procedência) destes. Neste contexto, a ‘guitarra espanhola’ ou ‘viola francesa’, a ‘guitarra portuguesa’ e a ‘guitarra inglesa’ ou ‘cítara’ são cordofones diversos com cultivo na península, cujos nomes entendem-se melhor se analisados com o discurso da procedência, potenciando a visão geográfica, etimológica e da análise do contexto. Os significados identitários que alguns destes instrumentos adquiriram nos dois últimos séculos revelam-se construções políticas intimamente ligadas aos processos de transformação socioeconómica e à construção dos Estados-Nação. No âmbito linguístico, esta comunicação explica através do discurso da procedência o significado destes nomes tanto na sua vertente política quanto na etimológica e geográfica. A extensão por toda a península destes instrumentos musicais implica também a sua presença e cultivo na Galiza, cujo estudo provoca o afloramento de nova informação sobre repertório, intérpretes e usos já desde os antecedentes instrumentais conservados do século XII, e ajuda a ampliar o conhecimento histórico da Galiza de final do século XVIII e começos do XIX. Nas pesquisas para esta tese também aparece informação sobre mulheres guitarristas/violistas galegas, algumas delas conhecidas noutros âmbitos artísticos, como Rosalia de Castro e Avelina Valladares, e outras mais desconhecidas, cujo papel na música galega, até hoje ignorado, é de uma importância exemplar.

09:45
Discurso e identidades sociales: La (re)construcción de la identidad de los músicos callejeros en Barcelona

ABSTRACT. Este trabajo busca realizar un análisis de la construcción y la reconstrucción de las identidades de los músicos callejeros en Barcelona. Entendiendo que los discursos son performativos e intervienen en la construcción del orden social establecido, se abordará este escrito desde una perspectiva multidisciplinaria que abarque tanto la sociología como el análisis del discurso.

Las personas conocen la realidad que les rodea mediante explicaciones que extraen de los procesos de comunicación. Las representaciones sociales, entonces, constituyen sistemas cognitivos en los que es posible reconocer la presencia de estereotipos, opiniones, creencias, valores y normas. Los prejuicios y los estigmas son de carácter afectivo y tienen la finalidad de caracterizar a las personas y de imputarles una identidad en particular que trae consecuencias en sus modos de actuar, sentir y pensar.

La cultura puede entenderse como el ámbito donde se reproducen y se comunican los actores sociales dentro de una estructura que permite la construcción y el intercambio de las identidades sociales. Es por eso que, en el presente trabajo, se busca no solo identificar los imaginarios colectivos dominantes, sino también la perspectiva de los actores que trabajan en las calles de Barcelona.

10:15
MEMÓRIAS ENQUADRADAS X MEMÓRIAS SOTERRADAS: AS BOMBAS ATÔMICAS E SEUS EFEITOS NA HISTÓRIA DO PÓS-GUERRA

ABSTRACT. A história é contada pelos vencedores e não foi diferente no Japão do pós-guerra. A ocupação norte-americana foi determinante para tornar invisível a versão dos hibakushas, termo em japonês que designa as pessoas que foram sobreviveram aos bombardeios atômicos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. O objetivo deste trabalho é apresentar a desconstrução do conhecido discurso das consequências da explosão das primeiras bombas atômicas na História mundial, dando voz àqueles que foram silenciados nesse processo, ou seja, as vítimas dos ataques, os hibakushas. O levantamento bibliográfico ilustra lembranças, perdas e sofrimentos que não constam nos registros oficiais, confrontando a “história oficial” e identificando proximidades e distanciamentos do que foi uma “memória enquadrada” (POLLAK, 1989) aos interesses dos Estados Unidos e de parte da elite política japonesa que permaneceu no poder durante e após a ocupação, suprimindo nisto os impactos dos bombardeios na vida daqueles que foram diretamente afetados. Em razão disto, registros da história oral e documentos, como relatos, fotos, desenhos, mangás, livros e artigos, buscam apresentar esta outra história, resgatada no panorama do pós-guerra destas cidades e do Japão e nas marcas da morte que esses sobreviventes continuam a guardar em suas mentes e corpos. A pesquisa ainda visa provar que o silêncio imposto a estas pessoas foi intencional e determinante para a construção de uma memória “coletiva” feita a partir de um terceiro elemento, estrangeiro, o Comando Supremo das Forças Aliadas. Formado por norte-americanos, tinha por missão reerguer o país de acordo com seus interesses, e não da nação japonesa, como seria o ideal para um Estado que pregava a democracia. Em seis anos de ocupação, a sociedade japonesa, sua soberania e estrutura social, política e industrial foram em parte desmanteladas, afetando sobremaneira os hibakushas. Ao imporem sua versão da história e seus ideais, o American Way of Life tornou-se o ideal a ser almejado, inclusive no Japão. Com mapas vazios, fotos de construções em ruína e uma censura imposta a qualquer imagem ou menção sobre a bomba atômica no Japão, esse esquecimento intencional anulou reflexões críticas a respeito da necessidade do uso desses artefatos e de suas consequências sociais. Mais do que manter a coesão de grupos e de instituições pelo passado, como propõe a “memória coletiva” de Halbwachs (2003), os dados cartográficos, estatísticas e censura ilustram que a história como é contada pode ser enquadrada para atender certas exigências e interesses de governos e estados. Portanto, o enfoque desta pesquisa é resgatar a memória de um grupo que foi soterrada, possibilitando ainda uma reflexão crítica acerca do papel dos países aliados. E embora esta outra versão da história não conste na memória oficial do país, não foi capaz de apagar dos hibakushas os traumas de uma manhã de verão em que silenciaram milhares de vidas e parte de sua humanidade.

10:45
Argumentación y violencia de género. Análisis argumentativo del Pacto Nacional.

ABSTRACT. El 28 de septiembre de 2017 el Congreso de los Diputados aprobó las 213 medidas que conformaban el Pacto Nacional contra la Violencia de Género. En un contexto en el que han sido asesinadas 160 mujeres entre 2015 y 2017 (Delegación del Gobierno para la Violencia de Género), analizamos cómo se trató, a nivel argumentativo, las diferentes intervenciones de las parlamentarias en el Congreso. En este texto, pretendemos abordar cómo la política construye un relato sobre un pacto que ha puesto de acuerdo a la mayoría de fuerzas políticas del hemiciclo sobre un problema social de semejante calado como es la violencia de género o también llamado terrorismo machista (Moreno 2010). La hipótesis fundacional de este trabajo es que la ideología política influye decisivamente a la hora de construir argumentativamente una determinada posición frente a la violencia de género. Este análisis discursivo se construye a través de la hibridación metodológica de una doble perspectiva: socio-cognitiva y retórico-constructivista (Pujante y Morales 2013). En este sentido, la retórica constructivista entiende el discurso como una propuesta que ofrece una determinada visión del mundo que permite erguir sobre ella una nueva visión de este, realizada en este caso a través de la observación y análisis de una selección de los discursos pronunciados en la sesión parlamentaria que tuvo lugar el 28 de septiembre de 2017. El análisis se realizará a través de la clasificación de las intervenciones de las formaciones políticas en función de los argumentos y temáticas de sus discursos. Para realizar tal análisis, seguiremos la clasificación de los distintos tipos de argumentos realizada por Perelman y Olbrechts-Tyteca (1989), que, bajo la estela de la Retórica de Aristóteles, reactualizaron los modelos argumentativos más comunes. Este trabajo toma como referencia principal la investigación realizada por Javier Nespereira (2017) en la que analiza el papel que juega el argumento de autoridad a la hora de legitimar discursivamente las intervenciones durante la crisis producida por la epidemia de la Gripe A. Este artículo pretende así delimitar cuáles son los argumentos que se emplearon en el hemiciclo para discutir sobre este Pacto. Este texto tiene también como objeto analizar cómo estas construcciones discursivas nos permiten vislumbrar las fórmulas empleadas por la clase política a la hora de afrontar dialógicamente la lucha contra la violencia de género, en este caso, a través del órgano más representativo de la democracia española, el Congreso de los Diputados. Específicamente, analizaremos cuáles son los argumentos nucleares empleados (argumento de autoridad, argumento ad hominem y argumentación por el ejemplo) por los diferentes partidos y las diferencias ideológicas que dichas argumentaciones generan alrededor del mismo tema.

09:15-11:15 Session 10B: Comunicacións libres. Presidenta de mesa: Beatriz Taboada
Location: D13
09:15
La influencia de la variable sexo en la expresión de diferentes actos de habla en español y portugués.

ABSTRACT. Esta comunicación presenta los resultados de un estudio cuantitativo sobre la influencia de la variable sociolingüística sexo en la expresión de tres actos de habla –el ofrecimiento, la petición y la reclamación–, en el español centro-norte peninsular y en el portugués europeo. Para llevar a cabo este estudio, se han revisado las principales características de esta compleja variable (Labov, 1991; Trudgill, 1974, 1975; López Morales, 1993; Romaine, 1994) y, para proceder a su análisis, se ha recurrido a la metodología del DCT (Discourse Completion Test) (Nurani, 2009; Ivanovska et al., 2016).

De este modo, se ha creado una encuesta ad hoc que contenía diferentes actos de habla y que ha sido aplicada a una doble muestra independiente, compuesta por 264 sujetos españoles, pertenecientes a la variedad centro-norte peninsular, y 140 informantes portugueses de la variedad europea. Todos ellos eran estudiantes de diversas titulaciones en las Universidades de Salamanca y Coímbra y Lisboa, respectivamente, y tenían edades comprendidas entre los 18 y los 25 años. Los resultados del estudio se han procesado estadísticamente y permiten observar algunas tendencias comunes en ambas lenguas, a partir del importante papel que desempeñan las variables sexo del interlocutor y sexo del emisor en el discurso.

Referencias: Ivanovska, B., Kusevska, M. Daskalovska, N., y Ulanska, T. (2016). On the Reliability of Discourse Completion Tests in Measuring Pragmatic Competence in Foreign Language Learners, International Journal of Sciences: Basic and Applied Research, vol. 25 (1), pp. 437-443. Labov, W. (1991): “The intersection of sex and social class in the course of linguistic change”, Language, variation and change 2, pp. 205-254. López Morales, H. (1993): Sociolingüística. Madrid: Gredos. Nurani, L. (2009). Methodological issues in pragmatic research: Is Discourse Completion Test a reliable data collection instrument? Jurnal Sosioteknologi, vol. 17, pp. 667-678. Romaine, S. (1994): Language in society. Oxford: Oxford University Press. Trudgill, P. (1974): The social differentiation of English in Norwich. Cambridge: Cambridge University Press. Trudgill, P. (1975): “Sex, covert prestige and linguistic change in the urban British English of Norwich”. En B. Thorne y N. Henley (eds.): Language and sex. Difference and dominance. Massachusetts: Newbury House Publishers, pp. 88-104.

09:45
La construcción de las nuevas masculinidades y feminidades a través de la interacción en un grupo de amigos

ABSTRACT. Los estereotipos y expectativas de género han provocado una conceptualización respecto de cómo deben hablar y comportarse hombres y mujeres. Cuando los individuos de una sociedad o cultura se encuentran en armonía con el aparato ideológico de esta desplegarán una masculinidad hegemónica (Connell, 1995) o una feminidad hegemónica (Eckert, 2004); si por el contrario, el despliegue de sus identidades no se ciñe a lo prototípicamente establecido, hablaremos de feminidad transgresora (Acuña Ferreira, 2009) y, por analogía, de masculinidad transgresora (Sentí Janssen, 2018). Pero, ¿cómo construyen los individuos esas feminidades y masculinidades?

En mi tesis en curso sobre género e interacción (y desde una perspectiva etnográfico interaccional) el interés central es responder a esta pregunta; en esta comunicación, nos basamos en un audio obtenido por grabación oculta en el que se recoge una conversación entre un grupo de amigos, tres mujeres y dos hombres, a lo largo de casi una hora. Para un buen aprovechamiento de este material, hemos procedido a su transcripción, empleando los criterios del Co.Fa.Bil (Corpus de Fala Bilingüe Galego-Castelán, Rodríguez Yáñez et al., 2001), que nos permiten plasmar, entre otros indicios de contextualización, el sistema de toma de turno, los solapamientos, los esquemas entonativos o los diferentes códigos empleados en la conversación.

El análisis y estudio del material transcrito ha revelado que hombres y mujeres no siempre ajustan sus comportamientos conversacionales a lo prototípica y estereotípicamente establecido; parece, más bien, que el proceso de negociación constante, presente en la conversación, hace ajustar a los participantes sus intervenciones a lo largo de un continuum en cuyos extremos se situarían lo hegemónico por un lado y lo transgresor por otro. Como muestra, uno de los hombres del grupo censura abiertamente el comportamiento sexual de una conocida ausente —construyendo así una identidad prototípicamente masculina— que contrasta, sin embargo, con su discurso posterior, de corte cooperativo, con el que busca reforzar los lazos de amistad entre los miembros del grupo —y que sería un ejemplo de masculinidad transgresora.

No obstante, en la interacción analizada, los casos más numerosos de identidades transgresoras son desplegados por mujeres; ellas no sólo se atreven a narrar anécdotas graciosas (que teóricamente estarían más asociadas con la masculinidades tradicionales) —con importantes funciones afectivas—, sino que algunas adoptan un estilo marcadamente disfemista, irónico y exhibitorio, muy similar al estilo competitivo masculino. Gracias al despliegue (in)consciente de estas estrategias las mujeres presentes se sitúan en el centro del ring, preparadas para luchar por la consolidación de su estatus, como miembros fuertes, dentro del grupo de amigos.

Referencias bibliográficas:

Acuña Ferreira, A. V. (2009). Género y discurso. Las mujeres y los hombres en la interacción conversacional. Múnich: Lincom.

Connell, R. W. (1995). Masculinities. Cambridge: Polity Press.

Eckert, P. (2004). “The good woman”. En M. Bucholtz (eds). Language and woman’s place. Text and commentaries, pp. 165-170. Oxford: Oxford University Press.

Rodríguez Yáñez, X. P.; A. Lorenzo Suárez; F. Ramallo Fernández; V. Acuña Ferreira; S. Álvarez López; A. Ameal Guerra; H. Casares Berg y M. Valverde Juncal (2001): “El Corpus informatizado de fala bilingüe galego/castelánde la Universidad de Vigo: presentación y problemas de identificación y etiquetado de los códigos gallego y castellano”. En Ana I. Moreno y Ver Colwell (eds.): Perspectivas Recientes sobre el Discurso. Recent Perspectives on Discourse. León: AESLA (Asociación Española de Lingüística Aplicada) / Universidad de León: Secretariado de Publicaciones y Medios Audiovisuales.

Sentí Janssen, A. (2018). ‘A tomar por el culo’. Análisis interaccional de las identidades conversacionales y de la reorganización de roles en una charla sin monopolizadores del turno. Múnich: Lincom.

10:15
Una aproximación sociocultural y discursiva para el estudio de trayectorias identitarias de mujeres académicas en universidades españolas

ABSTRACT. En este trabajo se aportan y analizan siete trayectorias identitarias de mujeres que ejercen o han ejercido su profesión docente e investigadora en tres universidades, situadas en diferentes puntos de la geografía española, con contextos socioeconómicos diferentes. A través de la realización de entrevistas cualitativas y, desde una perspectiva biográfica, realizamos un análisis discursivo (Grad y Martín Rojo, 2008) situado socioculturalmente (Penuel y Wertsch, 1995). A partir de los recursos lingüísticos empleados por las entrevistadas a la hora de narrar su propia trayectoria personal-profesional, podemos observar cómo los procesos de subjetivación están estrechamente conectados con una sociedad y un sistema universitario público que, en las últimas décadas, ha ido adoptando características y valores neoliberales (Amigot y Martínez, 2013).

En la información producida durante las entrevistas observamos cómo el discurso neoliberal, a través de conceptos como “productividad”, “eficacia” o “rendimiento”, se ha instalado en la forma de narrar experiencias personales relacionadas con el ámbito laboral universitario. De esta manera, las experiencias biográficas a través de las cuales las participantes se van construyendo identitariamente, se ven mediadas y cobran sentido dentro de un sistema discursivo neoliberal que responde a unos intereses muy concretos (Rasskin Gutman y Groves, 2018). Al mismo tiempo, las mujeres entrevistadas entran en constantes contradicciones con el propio sistema que media su experiencia personal. Así, nos parece importante señalar cómo la apropiación (o el uso) de un espacio discursivo relacionado históricamente con el ámbito del mercado, posibilita y legitima algunas prácticas como, por ejemplo de “autoexplotación”, convirtiendo a la persona en, “un sujeto de rendimiento que se explota a sí mism[a] libremente” (Pérez Álvarez, Sánchez González y Cabanas, 2018, p.35). Por otro lado, nos interesa destacar también cómo la responsabilidad de la trayectoria profesional y de los resultados obtenidos a lo largo de dicha trayectoria, recaen en el individuo, ayudando a obviar responsabilidades por parte de otros agentes que también conforman el sistema.

A través de los análisis realizados en este trabajo, esperamos aportar datos que ayuden a la reflexión sobre la relación existente entre la producción discursiva, las formas de vida y las formas de subjetivación, que sólo cobran sentido y son posibles dentro de sistemas socioculturales e históricos concretos.

Referencias citadas

Amigot, P. y Martínez, L. (2013). Gubernamentalidad neoliberal, subjetividad y transformación de la universidad. La evaluación del profesorado como técnica de normalización, Athenea Digital, 13(1).

Fernández-Savater, A. (2016). Disciplinar la investigación, devaluar la docencia: cuando la Universidad se vuelve empresa. El diario.es. Recurso electrónico disponible en: http://www.eldiario.es/interferencias/Disciplinar-investigacion-devaluar-docencia-Universidad_6_486161402.html.

Grad, H. y Martín Rojo, L. (2008). Identities in discourse: An integrative view, en R. Dolón, J. Todolí (Eds.), Analysing identities in discourse. Amsterdam: John Benjamins Publising Co.

Penuel, W.R. y Wertsch, J.V. (1995). Vygotsky and identity formation: A sociocultural approach. Educational Psychologist, 30(2).

Pérez Álvarez, Sánchez González y Cabanas, (2018). La vida real en tiempos de la felicidad. Crítica de la psicología (y de la ideología) positiva. Madrid: Alianza.

Rasskin Gutman, I. y Groves, T. (2018). Identidad profesional en mujeres académicas de la universidad española a partir del cambio de siglo XX al XXI: nuevos retos y desafíos históricos. En A. Cagnolati y A.F. Canales Serrano (Eds). Women’s Education in Southern Europe historical perspectives (19th–20th centuries). Volume II. Canterano: Aracne editrice.

10:45
“Lenguaje femenino”: ¿Falacia o realidad?

ABSTRACT. La distinción sexual masculino-femenino va más allá de lo puramente biológico y afecta a diversos aspectos, dentro de los que podemos incluir el lenguaje. Aquí se aprecian un conjunto de estereotipos y tópicos que, de acuerdo con la mayoría de estudios sobre variación de género, responden al rol que ha desempeñado la mujer a lo largo de la historia. Ello ha dado pie a frecuentes referencias a una categoría de “lenguaje femenino” que se asocia a supuestas características prototípicas del lenguaje de la mujer como, por ejemplo, que hablamos mucho, interrumpimos, somos más corteses y conservadoras, etc., a pesar de haberse demostrado que resultan inoperantes. Frente a estas propuestas, hallamos también otros estudiosos que inciden en el papel innovador de la mujer en el cambio lingüístico. Así, Pilar García Moutón, considera que hoy en día ya no existe un mundo de hombres y otro de mujeres separados como antes. Por todo lo previamente mencionado decidí realizar el presente estudio piloto que analizó dichos tópicos sobre la variación de género en una pequeña muestra de hablantes de español. Se seleccionaron 10 participantes, 5 mujeres y 5 hombres de edades similares. La estructura de la entrevista se centró en tres aspectos básicos: dos temas de carácter emotivo (positivo y negativo) que buscaban una mayor implicación de los participantes en sus discursos, y un tema control (neutral por tanto). La metodología empleada para el diseño del experimento intentó fomentar una producción oral lo más espontánea posible con la intención de lograr una muestra “representativa” a la hora de comparar ambos géneros. Para ello se empleó un sistema semejante a la técnica de la ‘entrevista semidirigida o sociolingüística’ (Sociolingüística variacionista), que se complementó con varios aspectos que pretendían mitigar la “paradoja del observador” (citando a Labov 1981: 3, “our aim is to observe how people talk when they are not being observed”), y focalizar el discurso, en la medida de lo posible, hacia una conversación informal. Los resultados se centraron en los tópicos principales del “lenguaje femenino” de acuerdo con los estudios vigentes, es decir: frecuencia de habla, interrupciones frente a solapamientos (superposición de los turnos de habla), la cortesía en el discurso y, finalmente, el componente de expresividad/emotividad en ambos sexos. Todos estos estereotipos lingüísticos sobre variación de género se ha comprobado que no se ajustan a los resultados obtenidos en el presente estudio piloto, por lo que parece necesario plantearse si se puede mantener la existencia de diferencias reales entre lenguaje femenino y lenguaje masculino, como a menudo se ha venido haciendo.

09:15-11:15 Session 10C: Porqués y cómos del proyecto glotopolítico: Metalenguaje y desigualdad: el caso del español en EEUU. Coor. Del Valle. Discussant: Martín-Rojo

En streamming:

http://tv.usc.es/directo2.html

Location: Salón de Actos
09:15
Desigualdades silenciadas tras el discurso del valor económico del bilingüismo en Estados Unidos

ABSTRACT. La idea de que las lenguas generan valor económico se ha convertido en un lugar común repetido de manera generalizada en los medios de comunicación, el mundo empresarial y los ámbitos académicos dedicados a la enseñanza de lenguas. La importancia que ha adquirido la comunicación en el capitalismo tardío –con su internacionalización y terciarización de la economía– ha contribuido a naturalizar la conceptualización de las lenguas como recursos económicos en nuestra sociedad. Ese tropo discursivo del beneficio económico del lenguaje se ha extendido también hacia los hablantes, en discursos que identifican el multilingüismo no solo con la acumulación de ganancias para las empresas, sino también con la movilidad social para los empleados que poseen habilidades multilingües. En la raíz de esta manera de entender las lenguas, encontramos una representación de los trabajadores como conjuntos de habilidades que deben desarrollarse siguiendo una mentalidad corporativa.

En esta presentación estudiamos el discurso del valor económico del bilingüismo en el contexto estadounidense, enfocándonos en los silenciamientos o procesos de elisión que este discurso conlleva. Nos referimos al ocultamiento de las prácticas de explotación lingüística que a diario experimentan los bilingües y a la falta de atención a las barreras estructurales que restringen la movilidad de los oprimidos en las sociedades capitalistas. Nuestras reflexiones provienen del análisis crítico del discurso que celebra la ventaja bilingüe en el espacio educativo estadounidense y de un proyecto etnográfico piloto en torno a las experiencias laborales de 23 jóvenes latinxs bilingües de Nueva York. Encontramos que en ambos casos esos silenciamientos se ven potenciados por una proyección discursiva hacia el futuro de las ventajas económicas que no se materializan en el presente. Así, en el discurso del ámbito educativo se silencian los datos que contradicen la existencia de una ventaja tangible para los bilingües y se ignoran las condiciones del sistema capitalista neoliberal que crean un “techo de cristal” que impide el ascenso social de las minorías. Por su parte, los jóvenes latinxs continúan invirtiendo tiempo, dinero y energías en desarrollar sus habilidades lingüísticas en base a una promesa de rentabilizar su inversión que oculta los obstáculos estructurales que impiden la movilidad social de las poblaciones marginalizadas en el país. Del mismo modo, los latinxs bilingües se apoyan en la ideología del sueño americano (que enaltece el trabajo duro como garante de un mejor estatus socioeconómico) para justificar las prácticas de explotación lingüística que sufren en el presente, un sacrificio que esperan ver recompensado en el futuro.

09:45
LA CLASE MIXTA COMO ESPACIO DE CONTACTO RACIAL: La reconceptualización de las categorías identitarias en el aprendizaje de español en Estados Unidos

ABSTRACT. En el marco de la pedagogía crítica (Freire, 1970) y en diálogo con una perspectiva raciolingüística (Flores y Rosa, 2015) y glotopolítica (Del Valle, 2017), en esta presentación pretendemos contribuir a la deconstrucción de la ideología monolingüe subyacente a categorías metalingüísticas vinculadas al aprendizaje de segundas lenguas, tales como “Ideal L2 Self” (Dörnyei, 2005) y “heritage speaker” (Valdés, 2001), las cuales sitúan a profesores y estudiantes en estructuras identitarias rígidas que favorecen ciertas prácticas lingüísticas en detrimento de otras. En este contexto, propondremos estrategias a desarrollar en la clase mixta (la que se compone por “hablantes de herencia” y “L2 learners”) que desnaturalicen las estructuras racistas que sustentan el sistema educativo universitario en Estados Unidos, y que perpetúan la discriminación de hablantes racializados, en este caso, los hablantes de herencia. En nuestra propuesta tomamos distancia de modelos pedagógicos que responsabilizan a los estudiantes de herencia de conseguir su (supuesta) emancipación por medio de la conciencia lingüística crítica (Martinez, 2003; Leeman y Serafini, 2016; Parra, 2016). En cambio, abrazamos la clase mixta como un espacio comunal de contacto racial en el que tanto los cuerpos blancos como los racializados adquieren conciencia de las vulnerabilidades sociales y económicas que se les imponen. Aunque se trata de una propuesta principalmente teórica, hacia el final de la exposición se presentará una actividad pedagógica que pretende ilustrar esta aproximación alternativa a la enseñanza, en la que ningún repertorio lingüístico (y ningún cuerpo) sea el dominante.

10:15
Proyecciones normativas de la lengua española desde espacios institucionales: manuales de texto y prensa

ABSTRACT. El presente trabajo se inscribe en el campo de las ideologías lingüísticas (Schieffelin, Woolard & Kroskrity, 1998; Arnoux & Del Valle, 2010; Del Valle, 2017), concretamente en torno a la lengua española en Estados Unidos durante el siglo XX. Nuestro análisis se centra en el discurso metalingüístico por parte de instituciones de construcción de ciudadanía y comunidades lingüísticas tales como la American Association of Teachers of Spanish (AATS) y la prensa hispanófona estadounidense finisecular. En específico, nos centraremos en los manuales de lectura publicados por Lawrence Wilkins (1878-1945), fundador y primer director de la AATS, y en los artículos publicados por La Opinión de Los Ángeles y El Diario/La Prensa de Nueva York. Nuestro objetivo es evidenciar los mecanismos que utilizan dichas instituciones a través de estos instrumentos lingüístico-normativos, para administrar la lengua española en el marco educativo y en la prensa; dos espacios institucionales que se contraponen y se complementan dentro del territorio estadounidense. Nuestro trabajo se enfoca en la articulación ideológica del español y la proyección en su enseñanza a la comunidad angloparlante, en contraposición con la intervención de la prensa para administrar la propia comunidad hispanohablante. Asimismo, analizamos cómo estas dinámicas de control intervienen en la construcción de identidades hispanas cuyos sujetos receptores de estas propuestas son tanto los anglófonos como los hispanófonos. De este modo, examinaremos la activación y desactivación de los derechos lingüísticos, cómo la comunidad anglófona y la comunidad hispanófona articulan su poder a través del lenguaje, y las distintas formas de higiene verbal que se proyectan (Cameron, 1995), con la finalidad de definir al ciudadano dentro de la modernidad anglófona.

Bibliografía: Cameron, D. 1995. Verbal Hygiene. London: Routledge.

Arnoux, E. N., Del Valle, J. (2010). Las representaciones ideológicas del lenguaje. Discurso glotopolítico y panhispanismo. Spanish in Context 7(1), 1-24. [Ideologías lingüísticas y el español en contexto histórico, special volume edited by J. del Valle / E. N. d. Arnoux].

Del Valle, J. 2017. La perspectiva glotopolítica y la normatividad. Anuario de Glotopolítica 1: 17-39.

Schieffelin, B. B., Woolard, K. A., & Kroskrity, P. V. 1998. Language Ideologies. Practice and Theory. New York: Oxford University Press.

09:15-11:15 Session 10D: (Des)Encontros linguísticos: que invisibilidades e silenciamentos entre as populações negras na Europa? Coor. Matias e Tavares
Location: D03
09:15
A contradição entre o estatuto e o papel desempenhado pela língua cabo-verdiana

ABSTRACT. A língua cabo-verdiana é considerada uma das principais marcas da identidade cultural cabo verdiana, mas o seu estatuto de língua nacional ainda não lhe confere o respeito que merece, apesar da importância que tem na vida quotidiana dos cabo-verdianos, quer residentes quer da diáspora. É ela a língua que une todos os cabo-verdianos e faz a ponte entre os que estão dentro e os que estão fora de Cabo Verde. É a língua que melhor expressa a mundividência cabo-verdiana, mas ao longo de séculos tem sido alvo de preconceito e discriminação que a desvalorizaram e têm servido de obstáculo à sua ascensão para um patamar com legitimidade para ser tratada como uma língua de pleno direito. No próprio país onde é língua materna, é discriminada institucionalmente e socialmente. Os avanços ocorridos após a independência são de louvar, mas não foram ainda suficientes para garantir uma política de língua ativa que favoreça a construção de um verdadeiro bilinguismo. O processo de emancipação da língua cabo-verdiana tem sido marcado por avanços e recuos que demonstram a falta de determinação e a dificuldade de mudança de mentalidades num país que, apesar de independente há mais de 40 anos, continua sem assumir a sua diversidade linguística, tentando silenciar uma língua que nunca deixou de se fazer ouvir, nem mesmo no tempo da colonização.

09:40
Politicas linguisticas em Africa: os 3 andares da inclusao (local, nacional e internacional)

ABSTRACT. Os desencontros, invisibilidades e silenciamentos linguísticos entre as populacoes negras nao tem apenas o seu domicilio na Europa, porque também ocorrem na África pós-colonial donde o autor parte, num dialogo com os seus pares num colóquio iniciado em Ouagadougou (Burkina-Faso) em 2013, em sessão paralela, por ocasião da 23a. Edição do Festival Internacional do Cinema FESPACO. A questão das línguas locais, línguas nacionais e línguas de comunicação internacional nas políticas linguísticas africanas, a exemplo de Edgar MORIN, faz parte daquilo que poderíamos chamar de "lidar com a complexidade" afim de assegurar a participação de muitos nos processos da construção das democracias africanas, mesmo se tardam em trazer resultados, o que nao deixa de tirar o sono as elites acomodadas a um sistema unificador herdado que impôs sacrifícios em nome da eficácia. A comunicação esclarece alguns equívocos e coloca a possibilidade de experimentar outras abordagens e outras realidades, afim de sair-se dos impasses criados nos processos de participação em África, em virtude das elevadas taxas de analfabetismo e da acomodação de alguns ao sistema de uma política linguística dominadora e de exclusão: duas faces, mas a mesma moeda!

10:05
Que escolhas de (in)visibilidade da diversidade linguística na sociologia das migrações internacionais?

ABSTRACT. Sabemos que os dados estatísticos das populações europeias não nos permitem conhecer a sua efectiva composição sociolinguística (Gogolin, 2005), e que apenas no final dos anos 1990 essa diversidade surge implicada nas políticas públicas (Extra e Yağmur, 2002, 2012). Sabemos ainda que essas políticas têm vindo a ser caracterizadas por uma distinção entre necessidades de políticas linguísticas globais e aquelas das populações de origem imigrante não europeia (Söhn, 2005), sob uma argumentação de que as populações são portadoras uma diversidade provisória face a uma assimilação linguística esperada por referência às normais oficiais, sendo diversidade tolerada enquanto questão cultural vazia de implicações político-identitárias determinantes (Extra e Gorter, 2001; Gogolin, 2002; Joppkes e Morawska, 2002).

Consequentemente, a falta de (re)conhecimento da diversidade linguística existente tem contribuído para a menorização social de várias franjas da população, preconizando um silêncio ensurdecedor sobre a sua efetiva realidade linguístico-social. Nesta comunicação interessa-nos compreender tais impactos disruptivos particularmente ao nível das populações com origem em países africanos anteriormente ocupados por países europeus. Falamos, assim, de uma diversidade linguística observável no espaço europeu resultante do peso demográfico de fenómenos migratórios marcados por processos coloniais e pós coloniais portadores de um legado histórico já antigo.

Esta apresentação procurá discutir o lugar desta realidade sociolinguística nos estudos da sociologia das migrações internacionais, e a três níveis: na compreensão destes fenómenos migratórios já históricos enquanto processos de mudança social com consequências linguístico-sociais, e cujo conhecimento implica cruzamentos interdisciplinares para lá da sociologia; no entendimento de que os processos de teorização e categorização dos sujeitos e dinâmicas em estudo são também processos sociais que implicam reproduções, resistências ou transformações; e, consequentemente, na necessidade de instrumentos de auto-reflexividade por parte dos investigadores enquanto sujeitos categorizadores das mudanças linguístico-sociais observáveis ou invisibilizadas.

10:30
La traducción de lenguas “invisibles”: discriminación lingüístico-institucional en peticiones de asilo de refugiados de África Occidental.

ABSTRACT. La traducción e interpretación de lenguas en procesos de asilo está marcada por algunas problemáticas que abarcan desde el ámbito técnico, la formación adecuada de las/os intérpretes, el (in)cumplimiento de las normativas internacionales hasta cuestiones de ética laboral y jurídica. Estos problemas se agravan para el caso de lenguas minoritarias y/o no codificadas para las que no existen intérpretes formadas/os. En esta ponencia, se quiere profundizar de manera crítica en la traducción de “lenguas invisibles” (Havinger/Langer 2015) para el caso de refugiados/as procedentes de África Occidental. Se analizarán aquí dos momentos claves de las olas de inmigración africana, que corresponden a dos de los tres los picos estadísticamente más relevantes del SXXI: por un lado, la crisis de los cayucos en aguas canarias entre 2006 y 2008 y, por otro, la crisis de la valla en Melilla entre 2015 y 2017.

Desde una perspectiva glotopolítica, y a través de etnografías realizadas en Melilla y Canarias con distintas personas implicadas en el proceso de interpretación en peticiones de asilo, se analizará el papel de la lengua como aparato de vigilancia policial y judicial a través del que se decide la concesión o no de peticiones de asilo. Se prestará especial atención a los servicios de interpretación judicial, así como al programa de análisis lingüístico para la determinación de origen (LADO) y sus consecuencias en el ámbito de la discriminación lingüístico-institucional y devolución injustificada de refugiados africanos a sus (supuestos) países de origen.

09:15-11:15 Session 10E: Vozes, silêncios e silenciamentos no discurso prisional. Parte I. Cor.Henriques & Serra Castilhos
Location: D04
09:15
Mulher\mãe de preso trabalha, não é bandida! Processos de trabalho, superação de violências e acesso a direitos de mães de presidiários na Região Metropolitana de Belo Horizonte - Brasil

ABSTRACT. O presente trabalho discute experiências de mulheres, mães de presidiários da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A questão norteadora buscou compreender como as mulheres vivenciam processos de trabalho, superação de violências e acesso a direitos. Foram adotadas as seguintes estratégias de pesquisa: observação direta, grupo focal, participação em eventos organizativos e celebrativos, entrevistas semiestruturadas e diário de campo para registro de informações. Questões de gênero e de raça foram consideradas, bem como sociabilidades construídas com organizações da sociedade civil. Considerando o caráter interdisciplinar e interinstitucional das ações desenvolvidas, as ações desenvolvidas identificaram também os principais desafios e conquistas no cotidiano dessas mulheres. À luz dos princípios do direito à cidade, da sociologia do trabalho e da psicologia social do trabalho, o acompanhamento a este coletivo vem ocorrendo desde 2007. Trata-se de um empreendimento de economia solidária composto por mulheres pobres, residentes na periferia da região metropolitana de Belo Horizonte. Mulheres que vivenciam no cotidiano situações de violências e precarização de necessidades básicas à sobrevivência familiar. Participam do grupo mulheres com diferentes idades variando dos 15 aos 75 anos. Grande parte delas são mulheres negras, mães chefes de família, beneficiárias de programas sociais e/ou aposentadas, que experienciaram a perda de entes queridos assassinados pela polícia ou por pessoas envolvidas no tráfico de drogas. A organização dessas mulheres tem sua origem em 2005, como fruto de um trabalho missionário denominado de “missões populares”, realizado por agentes da pastoral carcerária da Igreja Católica. Deste trabalho, feito por lideranças comunitárias a familiares de detentos, bem como, das visitas humanitárias ao presídio local, surgiu a ideia da criação do grupo “Mulheres Criativas”. Esta experiência despertou nas lideranças do bairro, a necessidade de uma ação/intervenção social, inicialmente com o objetivo de acolher, apoiar e acompanhar mulheres cujos filhos e/ou maridos se encontravam em situação de privação de liberdade. Motivadas pelos princípios e valores da pastoral carcerária e da economia popular solidária, essas mulheres se sensibilizaram com histórias de violências narradas pelas esposas, companheiras e/ou mães dos detentos e se autoajudam na condução dos problemas enfrentados. Violências manifestadas em múltiplas formas, sendo a violência direta a mais visível, além da violência institucional e cultural, cujas consequências trazem consigo um conjunto de danos físicos, materiais e psíquicos, dentre eles, a depressão, a violência doméstica e de gênero.

09:40
INVISIBILIDADE, SILÊNCIO E LESBIANIDADE NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: O ESTADO COMO VIOLADOR DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

ABSTRACT. O escopo do presente é analisar a invisibilidade institucionalizada incidente no sistema prisional brasileiro em relação às lésbicas e à ausência de políticas para a promoção dos direitos fundamentais de tal minoria sexual. No Brasil, a legislação prevê amplas prerrogativas para a população carcerária feminina, desde condições adequadas de amamentação e cuidado com recém-nascidos ao direito de visitas intimas de companheiros e companheiras, desde que respeitem as normas impostas. Condições estas que foram semeadas pelos mais diversos dispositivos, indo desde a Constituição Federal de 1988 às Regras de Bangkock, alcançando eficácia próxima de zero, face à invisibilidade que as presidiárias recebem após serem lançadas no sistema carcerário esfacelado pelas mazelas do Estado, principalmente as minorias que ali se encontram, restando apenas o apoio uma das outras, visto que até mesmo no núcleo familiar se tornam invisíveis, indignas e desprezadas. As discriminações e prejulgamentos que cerceiam discussões de gênero, subordinando a mulher a um papel inferior ao homem, traçam um delineado de que os delitos cometidos por mulheres tenham uma maior depreciação diante da interpretação da sociedade. A responsabilidade que acomete mulheres sujeitas ao cárcere não reflete apenas em sua pessoa, mas nos filhos que deixou ao bel prazer, nos afazeres domésticos que deixou por fazer, no desgosto e vergonha para a família. Tal constituição de gênero, voltada à submissão da mulher, faz com que a reprovação do delito por ela cometido seja intensificado, evidenciando tal afirmativa no abandono familiar que se encontram as mulheres em situação carcerária brasileira. A prisão como ambiente punitivo de delitos, não apenas priva a mulher da liberdade, mas de toda sua antiga vida, surgindo a necessidade se adaptar à realidade prisional. Além disso, a doutrina invisibilizou os direitos sexuais das mulheres em situação carcerária, tratando dos direitos humanos em detrimento deste e ainda, abordando o sistema penitenciário como um todo, sem exemplificar a feminilidade e a sexualidade das detentas. Tal violação de direitos humanos prisionais se encontra alicerçada pela invisibilidade vivida por mulheres que, muitas vezes renegadas por suas famílias, se veem vítimas de um Estado que pune além do necessário, tornando a sobrevivência das presidiárias um verdadeiro desafio e sua luta diária por dignidade e higiene se estreitando à medida que caem no esquecimento da sociedade. A metodologia empregada na construção do presente parte do método dedutivo e do método historiográfico, empregando-se como técnicas de pesquisa: a pesquisa documental e a revisão de literatura sob o formato sistemático, bem como análise de dados secundários disponibilizados pelo Departamento Penitenciário Nacional.

10:05
Tendência e desafios no sistema penitenciário português: da lei à prática

ABSTRACT. Esta comunicação parte de uma reflexão feita pelas autoras sobre as tendências e os desafios que o sistema penitenciário português tem enfrentado, entre os anos 2000 e 2017. Partindo de uma análise do direito penal português, das estatísticas penais, dos relatórios nacionais e internacionais e dos estudos sobre o sistema prisional português, pretendemos compreender e identificar inconsistências ao comparar o que está escrito na lei e o que está a ser feito na prática.

10:30
Intervenção responsiva ao género no sistema de justiça juvenil: entre ditos e não ditos

ABSTRACT. O propósito desta comunicação é apresentar algumas conclusões de um projeto de investigação em curso sobre “Intervenção responsiva ao género no sistema de justiça juvenil”. Um projeto inovador, desenvolvido em parceria com a DGRSP (Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Portugal), e que tem dois grandes objetivos. O primeiro é fazer um levantamento das respostas de intervenção (políticas, serviços, programas, práticas e instrumentos) e perceber se elas são ou não responsivas ao género. O segundo passa por identificar idiossincrasias, necessidades e áreas críticas na intervenção com raparigas e rapazes em Centro Educativo, compreendendo os seus significados. O desocultamento discursivo tem sido feito pela utilização de metodologias qualitativas, que dêem voz aos seus protagonistas (jovens e profissionais).

11:15-11:45Pausa-Café
11:45-13:00 Session 11: Conferencia plenaria: Voz y polifonía en la teoría glotopolítica ¿Qué tienen en común Mazurca para dos muertos de Camilo José Cela y el Homenaje a la Lengua Española de Leganés. José del Valle (CUNY)

En streamming:

http://tv.usc.es/directo2.html

Location: Salón de Actos
11:45
Voz y polifonía en la teoría glotopolítica ¿Qué tienen en común Mazurca para dos muertos de Camilo José Cela y el Homenaje a la Lengua Española de Leganés

ABSTRACT. Voz y polifonía en la teoría glotopolítica

¿Qué tienen en común Mazurca para dos muertos de Camilo José Cela y el Homenaje a la Lengua Española de Leganés?

José del Valle The Graduate Center, CUNY

Hay experiencias sociales en las que se manifiesta la inseparabilidad de lo lingüístico y lo político. Esta es la premisa de la perspectiva glotopolítica, cuyas raíces y ramificaciones se enredan con otras líneas de pensamiento que han abordado y abordan críticamente el aislamiento de la forma concebido y legitimado por el—a veces dominante y otras hegemónico—paradigma epistémico saussureano.

De esas tradiciones, aquí se extraen las nociones de voz y polifonía (sus formulaciones en la obra de Míjail Bajtín y Valentín Voloshinov). No se trata solo de un ejercicio teórico o, mejor dicho, contrateórico. Más allá de implicarse en una cirugía correctiva que restaure el ser social del lenguaje, se pretende profundizar en el reconocimiento de la dinámica dialógica y el carácter heteroglósico de la mirada sociolingüística, por un lado, y del objeto de investigación, por otro.

La reflexión se articulará en torno a dos casos. Una novela publicada por Seix Barral en Barcelona en 1983, que nos revela el tránsito de una sustancia lingüística a una configuración discursiva y de esta a un proceso de comunicación literaria. Y la estatua Homenaje a la Lengua Española erigida en el año 2002 en la madrileña ciudad de Leganés, que nos da acceso a las formas en que distintos agentes sociales movilizan representaciones metalingüísticas generadas en los aparentemente asépticos laboratorios de la Filología.

13:00-14:15 Session 12A: Mesa redonda: Escola, políticas educativas e silenciamento das linguas. Coor. Zas

En streamming:

http://tv.usc.es/directo2.html

Location: Salón de Actos
13:00
Mesa redonda: Escola, políticas educativas e silenciamento das linguas

ABSTRACT. Nesta mesa redonda abordarase a presenza / ausencia das linguas na escola segundo as diferentes políticas lingüísticas educativas desenvolvidas. Na meirande parte das escolas do mundo os estudantes empregan un repertorio comunicativo amplo e variado, aínda que a súa escolarización desenvólvese, maioritariamente, nalgunha lingua dominante, quedando á marxe e silenciado ese rico caudal lingüístico. As política lingüísticas educativas son fundamentais, xa que, segundo a orientación das mesmas, algunas linguas, variedades e repertorios quedan deslixitimados. Na mesa participarán diferentes actores sociais co obxectivo de presentar a dimensión educativa dos diversos repertorios comunicativos presentes/ausentes nas escolas. Os participantes darán resposta a preguntas que aborden perspectivas e enfoques que se plantexan arredor da temática.

13:00-14:15 Session 12B: Comunicacións libres. Presidente de mesa: Xosé Luís Forneiro
Location: D12
13:00
Promoção cultural em espaços institucionalizados. As Feiras Internacionais do Livro

ABSTRACT. As Feiras Internacionais do Livro (FIL) funcionam como espaços destacados para a legitimação e disputas entre mercados editoriais a nível mundial. Nelas, é possível atender o papel de agentes individuais (tradutores, autores, agentes literários, etc.) ou de entidades coletivas (editoras, instituições, etc.) que aí se apresentam e representam diversas vozes. Este trabalho pretende melhorar o conhecimento sobre este tipo de eventos como instrumentos de promoção cultural e conhecer se a condição de “Convidado de Honra” permite um acúmulo estável e visível de capitais (especialmente de tipo simbólico, mas também econômico e cultural) no espaço trasnsnacional das relações literárias, culturais e políticas.

Este trabalho está diretamente ligado ao Projeto de pesquisa “Nuevas estrategias de promoción cultural. Las ferias internacionales del libro y la condición de invitado de honor”(FFI2017-85760-P) em que abordamos as FIL da perspectiva dos Estudos da Cultura, a Tradução literária e a Economia da Cultura.

13:30
O discurso cultural das comunidades convidadas nas feiras internacionais do libro. O modelo de Liber – Barcelona/Madrid

ABSTRACT. Liber defínese como o encontro internacional de referencia para o sector do libro en español, entendido como una ampla oferta comercial de oportunidades para a exportación, novidades editoriais etc. que inclúe as comunidades lingüísticas e culturais do Estado.

Logo de participar na feira como observadores do concepto de cultura convidada no marco do proxecto CULTURFIL “Nuevas estrategias de promoción cultural. Las ferias internacionales del libro y la condición de invitado de honor” (FFI2017-85760-P), financiado polo Ministerio de Ciencia, Innovación y Universidades -Fondos FEDER), pretendemos ofrecer algunas estratexias de análise e protocolos de actuación ante o fenómeno de cultura, país ou cidade convidada que poden proporcionar ideas sobre metodoloxías de actuación para promocionar un territorio e unha lingua en vindeiras edicións.

Cuba foi convidada en Liber 2018 cun espazo expositivo central dentro da feira para mostrar a riqueza e variedade da súa produción cultural e o labor que desenvolve esa comunidade a respecto da promoción do libro e da lectura. Nesta comunicación presentaremos a súa fórmula de actuación e procuraremos modelizar a partir doutras experiencias LIBER un programa de actividades, tanto no ámbito sectorial cultural do libro como no turístico.

13:00-14:15 Session 12C: Vozes, silêncios e silenciamentos no discurso prisional. Parte II. Coor. Henriques & Serra Castilhos
Location: D04
13:00
O direito à qualificação profissional como fator ressocializador suprimido

ABSTRACT. O presente trabalho debruça-se sobre grave violação de direito no sistema penitenciário brasileiro. No caso analisado, depara-se com a ausência de qualificação profissional do detento no cumprimento de sua pena, direito este assegurado por diversos diplomas penais, conforme depreende-se da análise do Artigo 126 da Lei 7.210/84 em exame com a sistemática com os artigos 31 e 32 da Lei de execução penal, sendo que a exposição de motivos do Código Penal Brasileiro adota postura semelhante. Tal qualificação profissional visa emancipar o agente infrator de seus meios delituosos, reinserindo-o à ordem social pela integração ao mercado de trabalho. Dentro deste recorte, analisa-se a criminalidade por seu fator social, entendendo-a como produto da desigualdade produzida pela própria ordem capitalista vigente Não só pela inutilidade acometida àqueles que não se enquadram à ordem social do trabalho, mas também pelas consequências das políticas de incentivo e exaltação ao consumo. Deste modo, compreende-se que a superação da ordem capitalista é via única a solver a questão da criminalidade da forma com a qual ela se implanta na ordem social Brasileira, onde a maioria esmagadora dos cidadãos reclusos apresenta por característica a baixa idade, de 18 a 24 anos, os baixos índices de escolaridade (a maior fatia dos detentos brasileiros possui nível fundamental incompleto), e as más condições de renda. Indubitavelmente esta é uma fatia cada vez mais desprezível a um mercado cada vez mais exigente quanto à qualificação de seus operadores. Parte-se do pressuposto de que a violação do direito à qualificação profissional inerente ao detento é, em parte, responsável pela falência do sistema prisional nacional, falência esta que se materializa no alto índice de reincidência que se apresenta. Ressalta-se que o alto grau de reincidência coloca em cheque o potencial ressocializador do sistema penitenciário e, sendo o método ressocializador o escolhido pelo legislador para a repressão e prevenção do delito, porque não a falência de todo sistema prisional Brasileiro. Anota-se ainda que a violação estudada na presente pesquisa apresenta-se de forma ainda mais incisiva no sistema penitenciário feminino, no qual as internas se valem de seu direito ao trabalho e à qualificação profissional na maioria esmagadora das vezes em atividades de manutenção e conservação da própria unidade prisional. Não se vislumbra emancipação ao meio em referidas atividades, já que estas possuem pouca ou nenhuma eficácia em seu potencial capacitivo e ressocializador. Por meio de uma abordagem quantitativa o presente trabalho visa analisar dados acerca da reincidência criminal no país, em contraposição com a oferta de qualificação profissional ao recluso, onde por meio de profunda análise bibliográfica busca propor hipóteses e soluções, em prol da identificação dos fatores que justificam tal relação, e de uma possível superação deste modelo.

14:15-15:00Pausa almorzo
15:30-17:00 Session 13A: Comunicacións libres. Presidenta de mesa: Ana Pano
Location: D12
15:30
Voces, espazos e silencios de Santiago de Compostela nos/en discursos de temática xacobea através de produtos culturais

ABSTRACT. O obxectivo desta comunicación é apresentar datos referidos á pesquisa que se está levar a cabo dentro do proxecto "Narrativas, usos y consumos de visitantes como aliados o amenazas para el bienestar de la comunidad local: el caso de Santiago de Compostela” no que se refire á analise do discurso de produtos culturais - como filmes ou obras literarias - relacionados co Camiño de Santiago, que, como fenómemo relixioso, turístico e cultural, ten creado imaxinarios e narrativas de impacto / con grande repercursión. Trátase de determinar en que medida, nestes produtos, a representación da cidade que dá nome a estas peregrinacións xacobeas está pondo de parte aspectos que os compostelanos consideran esenciais para a súa (auto)representación. Para iso, vai procederse á identificación dos elementos e entidades omitidos ou silenciados, por medio do contraste... . Tamén se prestará especial atención aos eventuais impactos, directos ou indirectos, que este(s) silenciamento(s) tem ou pode vir a ter na comunidade santiaguesa.

16:00
Atenuación, intensificación e modalidade epistémica

ABSTRACT. A atenuación e a intensificación son fenómenos da produción lingüı́stica que serven, respec- tivamente, para reducir ou aumentar a forza ilocutiva dun acto de fala (Briz Gómez 1998). Trátase de recursos pragmáticos que actúan no nivel interpersoal, concretamente, son estratexias discursivas (fenómeno lingüı́stico) ao servizo da (des)cortesı́a (fenómeno social) (Albelda Marco e Barros Garcı́a 2013, p. 37). A modalidade epistémica en sentido estrito é un dominio funcional ocupado da expresión lingüı́stica da probabilidade e, en particular, supón unha cualificación dun estado de cousas como posible ou máis/menos (im)probable por parte da falante (Nuyts 2001). Desde os achegamentos próximos á análise da conversa e do discurso (e.g. Kärkkäinen 2003), estúdanse os marcadores epistémicos en contextos reais de uso, tipicamente conversacionais, con especial atención ás súas funcións interactivas. Neste tipo de traballos, adoita considerarse que o uso de expresións epistémicas de certeza ou de incerteza son ı́ndices de estratexias discursivas de compromiso ou de distanciamento co dito, é dicir, que o uso de tales recursos lingüı́sticos implica automaticamente a presenza de intensificación ou atenuación. Tal posición é pouco adecuada dun punto de vista teórico, pois baleira de significado a distinción entre estratexia discursiva e modalidade epistémica. Algúns achegamentos empı́ricos aos usos dos marcadores epistémicos e evidenciais mostran a produtividade de distinguir entre as dúas áreas funcionais: os usos atenuadores dos evidenciais son globalmente minoritarios e altamente dependentes do xénero discursivo (Albelda Marco 2016), mentres que a intensificación é o uso máis frecuente e a modalidade epistémica o máis raro do adverbio inglés certainly (Byloo et al. 2007). Nesta contribución, estúdanse os usos de tres formas adverbiais epistémicas do galego (certamente, quizais e se cadra), a partir de mostras de 100 exemplos pertencentes a dous xéneros escritos diferentes (narrativa e xornal) extraı́das do CORGA. A cada exemplo atribúeselle un ou máis valores semántico-pragmáticos, correspondentes ás categorı́as de análise (atenuación, intensificación e modalidade epistémica, entre outras). Os resultados apuntan cara a unha clara diferenza entre os usos estratéxicos das formas de certeza e de incerteza: certamente é, sobre todo, un marcador de intensificación e, en moita menor medida, de certeza epistémica; quizais e se cadra son, principalmente, marcas de posibilidade epistémica e presentan un conxunto bastante variado doutros usos (entre eles, a atenuación), cuantitativamente pouco significativos. Non se observan efectos relevantes do xénero textual. Estes resultados levan a concluı́r que a relación entre a modalidade epistémica e cada un dos tipos de estratexias discursivas é asimétrica, isto é, un marcador de certeza ten moita máis probabilidade de ser empregado estratexicamente que un marcador de posibilidade. A explicación destes feitos búscase no status discursivo (e conceptual) da (in)certeza: o valor epistémico por defecto dun estado de cousas é a certeza, de modo que o emprego de artefactos lingüı́sticos para marcar este valor debe darse en circunstancias discursivas moi particulares e ter efectos pragmáticos especiais; no sentido contrario, a cualificación en termos de incerteza constitúe un estado marcado e, polo tanto, é prominente da perspectiva da comunicación. Referencias Albelda Marco, M. (2016). “Estableciendo lı́mites entre la evidencialidad y la atenuación en español”. En: La evidencialidad en español: teorı́a y descripción. Ed. por R. González Ruiz, D. Izquierdo Alegrı́a e Ó. Loureda Lamas. Madrid / Frankfurt am Main: Iberoamericana / Vervuert, pp. 75–100. Albelda Marco, M. e M. J. Barros Garcı́a (2013). La cortesı́a en la comunicación. Madrid: Arco Libros. Briz Gómez, A. (1998). El español coloquial en la conversación. Esbozo de pragmagramática. Barcelona: Ariel. Byloo, P., R. Kastein e J. Nuyts (2007). “On certainly and zeker ”. En: Structural-Functional Studies in English Grammar: In honour of Lachlan Mackenzie. Ed. por M. Hannay e G. J. Steen. Amsterdam / Philadelphia: John Benjamins, pp. 35–57. CORGA = Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades (2019). Corpus de Referencia do Galego Actual [3.0]. url: http://corpus.cirp.gal/corga/ (consultado o 31/01/2019). Kärkkäinen, E. (2003). Epistemic Stance in English Conversation: A Description of Its Interac- tional Functions, with a Focus on I Think. Amsterdam / Philadelphia: John Benjamins. Nuyts, J. (2001). Epistemic Modality, Language, and Conceptualization: A Cognitive-Pragmatic Perspective. Amsterdam / Philadelphia: John Benjamins.

15:30-17:00 Session 13B: Comunicacións libres. Presidenta de mesa: Belén García
Location: D13
15:30
La nueva ultra derecha en Chile: discursos del resentimiento y neoliberalismo autoritario

ABSTRACT. El triunfo de Jair Bolsonaro en Brasil y el resurgimiento de una retórica autoritaria en el seno de las jóvenes democracias latinoamericanas han estado en el centro del debate político mundial. Por un lado, aun cuando las reflexiones se encuentran en curso, se ha hecho referencia a un nuevo ciclo conservador que coincide con las muestras de debilidad que han experimentado los gobiernos progresistas de la región. Por otro, se ha tratado de buscar respuestas al fenómeno a partir de una extensión del giro populista de derechas presente en Europa y Estados Unidos.

Lo cierto es que, pese a que ambos planteamientos pueden ser correctos, el interés del presente trabajo se vincula a buscar la comprensión del resurgimiento de la ultraderecha en las particularidades del proceso de democratización latinoamericano, indagando cómo el resentimiento se encuentra presente en la construcción discursiva de la ultraderecha chilena en un dispositivo que reinstala la oposición ideológica izquierda-derecha. En ese sentido, dicho discurso cosifica (o recosifica) colectivos, enunciados y conflictos en proceso de politización (marginados del espacio público desde la instalación neoliberal), y plantea un proyecto político que tiene como propósito un nuevo marco antidemocrático que radicaliza la democracia precaria.

16:00
‘Illegal aliens who have committed sexual crimes against children’ and the building of walls: a membership categorization analysis of Trump’s hate speech on Twitter

ABSTRACT. The purpose of this study is to investigate US President Donald Trump’s expressions of hate speech in many of his tweets. A recent example of such hate speech tweets by Trump, from January 13, 2019, reads ‘Thousands of illegal aliens who have committed sexual crimes against children are right now in Texas prisons. Most came through our Southern Border. We can end this easily – we need a Steel Barrier or Wall. Walls Work!’. In this tweet, foreign nationals (or ‘aliens’) are presented in a negative light (they ‘have committed sexual crimes against children’) and construed as ‘others’ in opposition to US nationals (‘we’). Hate speech is discourse that targets and attacks a person or group on the basis of attributes such as race, religion, ethnic origin, national origin, sex, disability, sexual orientation, or gender identity. In some legal systems hate speech is described as speech, gestures, conduct, writing, or displays that incite violence or prejudicial actions against a protected group or individuals on the basis of their membership in the group, or disparages or intimidates a protected group, or individuals on the basis of their membership in the group. The law may identify a protected group based on certain characteristics. In some countries, hate speech is not a legal term. In some other countries, such as the United States, the Constitution protects freedom of speech, thus sheltering hate speech. The methodology employed for the study of hate speech tweets by Trump is membership categorization analysis (MCA), developed from ethnomethodology. The focus of attention of MCA is on the employment of membership categories by members in performing ordinary activities. In other words, on how identity ascriptions occur. This methodology appears to be particularly suited for the analysis of hate speech, since it involves the ascription of negative predicates to particular vulnerable groups of people by virtue of their membership in such groups. The results show, as the above tweet exemplifies, that the hate speech tweets by Trump analyzed (1) target vulnerable groups of people (or ‘membership categories’); (2) randomly ties incumbents of such membership categories to inappropriate or illegal activities or predicates; (3) Membership categories thus formulated are presented vis-à-vis other normatively adequate membership categorizations.

16:30
A manipulación do discurso de prensa no franquismo. O Caso de Enrique Ruano

ABSTRACT. Resumo do contido: Nun primeiro momento, produciuse, na ditadura franquista, un proceso de represión e negación da historia republicana anterior. Despois, xa durante a Transición, tal e como lembra Francisco Espinosa, seguiu unha primeira fase de esquecemento dos valores republicanos (1975-1982) e outra posterior de suspensión da nosa memoria. Mediante esta comunicación analizaremos o discurso político e xornalístico ao redor do asasinato de Enrique Ruano, a súa “xustificación” e as mentiras que levaron a algún medio a rectificar.

Obxectivos: Un dos obxectivos deste traballo é estudar o fenómeno comunicativo do discurso, concretamente, a utilización da prensa por parte dun réxime ditatorial, o franquismo e, a través deste uso, analizar que modalidades adopta dito discurso político ditatorial no caso do asasinato de Enrique Ruano a modo de extraer conclusións.

Enfoque: Á hora de analizar o discurso sobre a “cousa pública” é importante diferenciar entre o discurso dunha persoa como orador(a) ao discurso dun medio de comunicación, polo que temos que considerar as características propias do medio, neste caso a prensa, así como as súas limitacións e os seus propios intereses como empresa xornalística. Nesta tarefa, antes que ter analizada exhaustivamente unha nova, é mellor intentar comprender unha información no contexto no que aparece: en que lugar está, como é o titular ou como se mostra esa información. Para levar a cabo este estudo é importante ter en conta uns conceptos clave, así como precisar palabras que axuden a definir o “discurso político franquista” que imos a estudar. Entendemos que resulta interesante botar un ollo á literatura que existe sobre a época onde se precisa a natureza do réxime, ou a formación e desenvolvemento da idea de Nova España como nación que ofrece á cidadanía un destino común fronte a outra opción, republicana, atacada e invisibilizada. A metodoloxía usada será os Estudos Críticos do Discurso (ECD), denominación escollida por Van Dijk (2008) que ampliaba a propia Análise Crítica do Discurso (ACD) debido á pluralidade de métodos. Da man deste estudioso e de Charaudeau (2002), certos traballos críticos de Sevillano (2017) o de Gallardo Paúls (2018), ofreceremos unha pequena reflexión sobre o propio discurso que emanaba o réxime fronte a realidade dunha España ditatorial.

15:30-17:00 Session 13C: A política exterior da União Europeia face as novas realidades: discursos, vozes, silêncios e silenciamentos. Parte I. Coor. Serra Castilhos e Resende Alves
Location: D03
15:30
Políticas educativas de Educação de Adultos uma utopia na perspetiva e experiência da transição para a inatividade laboral e condição sénior.

ABSTRACT. Numa época em que o envelhecimento demográfico se têm acentuado, o envelhecimento populacional provocou problemas de índole demográfico, sociocultural, económico, político e cívico (Guimarães & Antunes F., 2016; Walker,2002). Adotando uma perspetiva sociológica com ênfase na análise das práticas e experiencias socioeducativas, propõe-se debater a relação entre a transição para a inatividade laboral, condição sénior e políticas públicas e educativas orientadas para o envelhecimento ativo. Entendida como um dos momentos centrais do ciclo de vida, a transição para a inatividade laboral provoca transformações nos indivíduos, atendendo à forma como é vivenciada pode contrariar a conceção de envelhecimento ativo (Caradec, 2004; Daniel, Antunes & Amaral, 2015; Fonseca, 2004, 2012; Guillemard, 1972; Loureiro, 2011; Sousa, 2006, Veloso, 2004). Uma participação ativa permite aos adultos idosos se adaptarem ao tempo de reforma, realizando aprendizagens e desafios, ou concretizar novos projetos (Veloso, 2004). As dinâmicas educativas devem assentar numa visão holística do envelhecimento, se baseando numa abordagem libertadora, emancipadora e proactiva, visando o autocuidado e uma vida ativa e autónoma (Antunes, 2015; Requejo Osório, 2003; Veloso, 2004, 2011), promovendo “a democracia, a liberdade e autenticidade” (Formosa, 2002, p. 83, 2012). Sendo a educação um direito universal, as políticas públicas do Estado decretadas numa lógica mercantil da Educação de Adultos (EA) podem não garantir esse direito universal (Veloso, 2004), a redução do papel do Estado com falta de políticas contínuas e globais conduz à marginalização deste campo assumindo como prioridade programas e políticas educativas de natureza economicista (Antunes, 2008; Canário, 2013; Lima, 2007; Veloso, 2004, 2011). Com a sua entrada na Comunidade Económica Europeia Portugal viu ampliado os direitos sociais, a economia e a sua vertente social (Santos, 1992), particularmente na área da educação, inferindo a influência da europeização nas políticas públicas (Estanque, 2017). Mais tarde, com a universalização do capitalismo, durante a globalização, a inclusão nas organizações de instâncias internacionais resultou numa diminuição do Estado de bem-estar e na redução do papel do Estado, incluindo nas políticas de educação, deslocando a sua responsabilidade para as empresas e sociedade civil (Field & Schemmann, 1997). A integração em instâncias supranacionais tem como efeito a perda de autonomia e soberania dos Estados em prol das diretrizes das agendas globais, inclusive políticas educativas de Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida, processo aumentado pelas políticas de austeridade implementadas (Capucha, 2014; Estanque, 2017). Recorrendo a uma abordagem mista quantitativa e qualitativa se tenciona analisar todas as dinâmicas subjacentes a esta problemática, por forma a apreender o impacto das políticas públicas sociais e/ou programas desenvolvidos por várias instâncias internacionais.

15:50
A UNIÃO EUROPEIA: O PASSADO, O PRESENTE E QUE FUTURO?

ABSTRACT. A união da Europa é uma ideia e uma construção artificial do homem. Uma ideia que se tornou realidade e que conta hoje, com mais de 60 anos de funcionamento. Garante da paz, da estabilidade e da prosperidade da Europa pós II GM, esta União vê-se, hoje, confrontada com redobrados desafios. Desafios de uma União cada vez mais heterogénea, a braços com problemas e vulnerabilidades várias que implicam uma certa indefinição quanto ao seu futuro e com implicações claras na vida dos seus cidadãos. Vulnerabilidades políticas decorrentes: de um ceticismo generalizado em relação ao rumo da UE; de um processo inédito e de consequências imprevisíveis que determinará - ou não - a saída de um Estado da União; da disseminação de discursos nacionalistas e extremistas um pouco por toda a Europa e pelo mundo; da (in)segurança global e da constante ameaça terrorista. Vulnerabilidades económicas, acentuadas pela crise económico-financeira mundial e a excessiva preocupação com a contenção orçamental e o deficit público com consequências diretas na vida dos cidadãos. Destas, resultam as vulnerabilidades sociais, realçando o caráter ainda secundário da dimensão solidária da política europeia. Mas todas estas vulnerabilidades não podem conduzir ao desmembramento da União, antes devem aumentar a nossa determinação e convicção neste processo sem paralelo na história da humanidade. Para enfrentar estes desafios a União tem que ser mais forte e mais unida e para que tal aconteça necessita reforçar a sua dimensão política e personalista, centrando-se nas pessoas, nos cidadãos, nas suas preocupações, necessidades e aspirações. Impõe-se aproximar e reconciliar a União com os seus cidadãos, construindo uma verdadeira União dos cidadãos, com os cidadãos e para os cidadãos! Cidadãos que, embora parte integrante e beneficiários diretos deste processo, têm permanecido indiferentes e alheados das grandes questões da construção europeia. Neste contexto, importa ter consciência dos perigos que essa indiferença aliada à (des)informação, poderão ter no futuro da União. (Des)Informação dominada por discursos extremistas, nacionalistas e xenófobos que têm ganho cada vez mais seguidores. Assim, hoje, mais do que nunca, importa envolver ativa e eficazmente os cidadãos no devir da União, desenvolvendo um novo conceito de cidadania – ativa e participativa. E como cidadania pressupõe participação e não há, nem pode ou deve haver, participação sem conhecimento, tal como não há conhecimento sem informação (correta e credível) defendemos a necessidade de desenvolver uma verdadeira política de informação e de comunicação, com o envolvimento de todos - Estados, Instituições, cidadãos, media. Importa sensibilizar os cidadãos para a construção europeia e a importância que esta assume para a Europa e para o mundo pois só com cidadãos informados pode haver cidadãos ativos e participativos. E sendo a UE uma organização de Direito, essa participação é condição e garantia essencial ao seu bom funcionamento.

16:10
EU Foreign Policy under globalization: Europeanization and a more unified EU foreign stance

ABSTRACT. The concept of Europeanization has been used for nearly every policy, and in recent years that has also been the case for foreign policy. Claiming that there is a Europeanization of the national foreign policies themselves, a significant cooperation between EU studies, International Relations, and Governance studies has emerged to assess the added value of studying foreign policy through the lens of Europeanization, in other words, the EU-induced changes of the national foreign policies of EU Member States.

Globalization is one of the most important social phenomena in the contemporary world, shaping all dimensions of societal life. However, both among globalization theory as well as foreign policy (FP) studies (and FPA, in particular), the impact of globalization on the state, the effects of political globalization and the transformations it brings to FP have been understood as (not so relevant) contextual elements, described in a generic way or even completely excluded from those research fields and interests. Nevertheless, the particular characteristics in which FP activities are developed render essential, rather than ignoring the state and its external action, to strengthen its study seeking to assess the scope, nature and impact of globalization on its international activity.

In this paper we aim to comparatively assess the added value of these two concepts in studying foreign policy, particularly, how each of these processes shape national foreign policies. For the first case, we will conduct a critical literature review of the most relevant studies on the topic; for the second, and while also doing a similar literature review, we will mostly draw substantially from our ongoing PhD research on the relationship between globalization and global governance with foreign policy in Southern Europe (Portugal, Spain, Italy, and Greece). We will particularly focus on the characteristics and implications of some core prerogatives of these theoretical frameworks, as well as the limitations and possible solutions to the challenges that each of these concepts and processes currently pose to the study of foreign policy.

16:30
La vida oculta de las instituciones: una aproximación al nuevo institucionalismo discursivo

ABSTRACT. Entre 2012 y 2017 se ejecutó en la Universidad de Mánchester el proyecto de investigación «Understanding Institutional Change: A Gender Perspective» financiado por European Research Council. Este equipo de investigación distinguió entre dos tipos de cambio institucional: la creación de nuevas instituciones y la reforma de las instituciones ya existentes. Estos dos tipos de cambio tienen diferentes implicaciones en relación tanto con el logro colectivo de la igualdad de género como con el trabajo realizado por especialistas activistas en Estudios de Género. En primer lugar, los actores y/o activistas de género rara vez están en condiciones de crear nuevas instituciones pues en muy escasas ocasiones tienen el poder de superar la resistencia que rodea no solo a las instituciones existentes sino, antes bien, la(s) resistencia(s) que suscita(n) sus propios intentos de transformación.

En esta presentación se explicará por qué los procesos de diseño institucional necesitan de la existencia de reglas formales sólidas para promover la participación en todos los niveles de actuación y en todas las funciones (e.g. técnicas, legales, administrativas, etc.), además de desarrollar instancias dedicadas al pensamiento estratégico sobre objetivos y el consiguiente desarrollo de alianzas. Uno de los mayores escollos para los agentes de género tiene que ver con las redes y los procesos informales de los que muy frecuentemente son excluidos o marginados. Diferentes resultados de investigación acreditan que las redes de varones construidas sobre la base de la confianza refuerzan el «capital homosocial» (Bjarnegård, 2009). Bjarnegård acuñó este término en su investigación para referirse al fenómeno detectado en los estudios sobre gestión y culturas organizacionales según el cual las alianzas y redes entre los administradores tienden a reforzar los acuerdos que protegen la propia organización.

En segundo lugar, en esta presentación se explicará por qué Georgina Waylen sostiene que el cambio institucional con perspectiva de género es inviable si no se acomete una investigación detenida acerca de los procesos informales que dominan lo que, junto a sus colegas, denomina «la vida oculta de las instituciones». Todos estos factores condujeron al equipo inglés a afirmar que la forma más común de cambio institucional consiste en la modificación de las instituciones ya existentes, aunque este tipo de cambios suscitan resistencias intensas que se materializan en respuestas estratégicas persistentes e inmediatas.

A partir de lo anterior, y en una tercera parte de la exposición, se explicará (1) por qué frente al nuevo institucionalismo de elección racional los investigadores de este equipo defienden un institucionalismo discursivo también denominado «institucionalismo constructivista»; a continuación (2) se examina si esta tesis tiene validez en el contexto académico ibérico; para, finalmente, (3) defender, con ejemplos basados en la vida académica de las mujeres en el entorno académico ibérico, que este ecléctico enfoque es de enorme interés no solo para un conjunto de académicos/as que comparten su interés por el potencial de las ideas y el discurso, sino, antes bien, en razón de su determinante influencia sobre los intereses, las preferencias y el comportamiento de los actores sociales, políticos y económicos.

15:30-17:00 Session 13D: Estudios del discurso y orden familiar: Voces, silencios y nuevas realidades familiares. Parte I.Coor. Poveda y Moustaoui
Location: D05
15:30
Vozes e Silêncios nas Famílias de Pessoas com Síndrome de Down

ABSTRACT. A importância de se dar voz às famílias em pesquisas científicas é gritante quando o foco são as pessoas com deficiência (PcD). Qualquer pesquisa sobre PcD que se proponha a ter uma abordagem social e não somente médica ganha rigor e relevância se abrir espaço para o diálogo com as famílias. A presente pesquisa teve como objetivo investigar as facetas da exclusão social das pessoas com Síndrome de Down sob a perspectivas desses indivíduos e de suas famílias. Para este estudo, que foi realizado com famílias Portuguesas e Brasileiras, foram utilizadas entrevistas semi-estruradas com pessoas com Síndrome de Down, suas mães, seus pais e seus irmãos. Durante as entrevistas foram utilizadas técnicas projetivas e o recurso do álbum de família. Cabe o destaque para a dificuldade que a pesquisadora teve de dar voz a alguns agentes. Primeiramente foram necessários diversos encontros com cada família para que a entrevista com a pessoa com Síndrome de Down fosse permitida. Além do medo de que a interação com a pesquisadora fizesse algum tipo de mal, ficou claro o silenciamento já naturalizado dessas pessoas dentro das próprias famílias. Outra questão diz respeito a baixíssima participação dos pais, foram entrevistadas 34 famílias e somente 2 pais aceitaram falar. Os resultados mostram que a presença da pessoa com síndrome de Down, principalmente por causa do julgamento e da exclusão social, é capaz de alterar a configuração familiar. A mãe é quem mais tem sua identidade alterada após o nascimento do Down. Pode-se afirmar que o diagnóstico da síndrome nos filhos muitas vezes coloca essas mulheres em situação de mães solos. São mulheres que sofrem exclusão social e são estigmatizadas por não terem um “filho perfeito” sendo muitas vezes culpadas socialmente por isso. A elas resta o rótulo de “mãe de Down” que significa, entre outras coisas, a responsabilidade de ser mãe de uma “eterna criança”. Essas mulheres têm seus desejos silenciados, abrem mão de elementos fundamentais de suas identidades para tentarem compensar a exclusão social de seus filhos. Para além de seu objetivo principal, a pesquisa apontou que são necessárias diversas reflexões sobre vozes e silêncios nas famílias das pessoas com Síndrome de Down. Primeiramente é urgente a necessidade de se realizar mais pesquisas que deem voz as PcD, atrelado a isso vem reflexões metodológicas sobre a acessibilidade dos métodos de coleta de dados. Posteriormente tem-se a urgência de tirar do silenciamento essas mulheres, mães dos indivíduos Downs, que têm suas identidades roubadas, sofrem com a estigma estendido da deficiência, são excluídas da sociedade e se quer têm lugar de fala. É preciso utilizar os resultados desta pesquisa sobre as facetas da exclusão social das pessoas com síndrome de Down - falta de acesso a educação formal, falta de mobilidade urbana, invisibilidade na mídia, falta de acesso ao mercado de trabalho, entre outras – também no sentido de caracterizar a exclusão sofrida por suas famílias, principalmente por suas mães.

16:00
The end of donor anonymity

ABSTRACT. In April 2018, the Constitutional Court upheld the rule of donor anonymity contained in the Medically Assisted Procreation Act, which held that it imposes "an unnecessary restriction on the rights to personal identity and the development of the personality of persons born" through these techniques. With this decision of the Constitutional Court the debate on the issues involved in the anonymity of gametes donors was reignited in Portugal. This communication will present and analyze the psychological and sociological arguments for and against donor anonymity, taking into account the rights and interests of individuals conceived using donor gametes in accessing donor information or not, as well as the aspects donors and their families. It is clear that issues raised by parents who fear disclosure of donor and donor identification regarding privacy, confidentiality and existing confidentiality contracts require that all possibilities be considered and that political and legislative decisions be taken into account. The article leaves open the opportunity for a more detailed discussion of each of the issues presented. The purpose of this communication is to present, analyze and reflect on the psychological and sociological aspects involved in the identification or non-identification of donors in processes of medically assisted procreation with contribute to the reflection on public policies in this field.

16:30
“¡Basta!, ya no hay más secretos, se acabó": Narrativas sobre revelaciones accidentales en personas adultas que fueron adoptadas en Chile

ABSTRACT. Al igual que en otras sociedades occidentales, en Chile las estrategias comunicativas empleadas por las familias adoptivas respecto de los orígenes de sus hijos(as) han estado marcadas por políticas y prácticas donde ha sido hegemónica la figura de la adopción plena y cerrada y el refuerzo del "secreto", supuestamente para "proteger" a los miembros de la tríada adoptiva de múltiples estigmas (Marre, 2009; Modell, 2002). Sin embargo, hace casi tres décadas, los nuevos estándares internacionales en relación al Derecho a conocer los orígenes y nuevos discursos profesionales han promovido progresivamente una comunicación de orígenes lo más temprana posible (Jones, 2009; Neil, 2012). Existe así un mayor consenso en iniciar temprana y gradualmente este proceso para que los/as niños/as reciban información sobre sus orígenes y construyan una narrativa identitaria coherente con la mayor “naturalidad”. No obstante, si bien existe menor ocultamiento, aún no se evidencia una modificación radical del modo tradicional de practicar las adopciones y en la actualidad co-existen en Chile diferentes generaciones de personas adoptadas con experiencias y prácticas de revelación muy dispares.

En esta contribución, analizamos las narrativas de 35 personas adultas (26 mujeres y 9 hombres) que fueron adoptadas en Chile, recogidas dentro de un estudio cualitativo y narrativo (Riessman, 2008) más amplio -financiado por la CONICYT- cuyo objetivo general es conocer los significados y prácticas sobre comunicación y búsquedas de orígenes en este país. La herramienta de producción de información fue la entrevista narrativa (Josselson, Lieblich y McAdams, 2003). La gran mayoría de las/los participantes relatan haber vivido en familias en las que el secreto era la regla, muchas veces marcado por una dinámica de “secretos a voces”. En algunos casos, sus madres y padres no sólo ocultaron información relevante sobre sus orígenes, sino que también el hecho mismo de la adopción, la cual fue revelada de forma accidental y parcial en momentos tardíos del ciclo vital (adolescencia o adultez) y generalmente por terceros.

En esta comunicación utilizamos la perspectiva analítica de los "small stories" (Bamberg and Georgakopoulou, 2008; de Fina, 2013; Georgakopoulou, 2015) para examinar los relatos de “revelaciones accidentales” dentro de las diversas trayectorias biográficas que constituyen, en las que las/los participantes intentan comprender los argumentos o razones que sus padres esgrimen para mantener en secreto su condición adoptiva, adhiriendo o resistiendo a las mismas, mediante diversas prácticas orientadas a aumentar los niveles de apertura y coherencia sobre sus historias de origen, por ejemplo, a través de la decisión de iniciar sus procesos de búsquedas de orígenes. Los resultados dan cuenta de estrategias, dinámicas y procesos narrativos muy heterogéneos y complejos desplegados por todos los integrantes del sistema familiar, para gestionar y negociar los silencios, o bien, revelar parcialmente sus orígenes, desplegándose una gama de posicionamientos discursivos, niveles o ‘capas’ parciales de información (Hargreaves y Daniels, 2007; Jociles, 2016).

15:30-17:00 Session 13E: Immersion Education: A Social Approach. Parte I. Coor. Petit Cahill
Location: Salón Graos
15:30
The Murder Machine, the Flemish Mother and the Irish Monk: The Birth of Irish Immersion Education

ABSTRACT. More than a new efficient teaching method, immersion education was considered the first step in a wider societal project for the creation of a new “Irish-Ireland” at the beginning of the 20th century. This presentation aims at exploring the links between immersion education and romantic-nationalism. The beginning of the 20th century in colonial Ireland was a time of fierce debates and innovations regarding education. The Gaelic League, an organisation for the promotion of the Irish language, was pressuring the British government for the right to have bilingual Irish-English schools. But the eager Gaelic Leaguers did not wait for the approval from London to start experimenting, and in 1904 they opened the first Irish-immersion course in the form of a “summer college” situated in the Irish-speaking district of the rural West. Drawing from contemporary press articles and books, this presentation aims at unravelling the historical, ideological and political conditions that enabled immersion education to become the model for language revitalisation in Ireland. More broadly, it aims at analysing the beliefs underlying immersion education at the time and the context under which it developed in Europe at the beginning of the 20th century. First, Irish immersion was born from the rejection of the English medium education system imposed in Ireland which was qualified by a major Gaelic Leaguer as a dehumanizing “murder machine” merely producing “manageable slaves” to the British Crown. The Gaelic League found inspiration for an alternative education system in Belgium’s bilingual education and its “natural” method for language teaching which tried to imitate the way mothers taught language to their children. Finally, Gaelic Leaguers drew from the glorious Celtic-monastic system of Irish Colleges which was believed to have preserved Catholicism and the Irish language during centuries of British occupation.

16:00
Learning German through real conversation in the woods: Analysing the promotional discourse of an immersive summer camp in the US

ABSTRACT. In the US, summer camps have a long tradition, rooted in the intention to create a counter-modern retreat for young people (Paris 2008; Smith 2006). One option is to spend the summer in a camp aiming at learning a foreign language through immersion. This contribution offers an analysis of the promotional discourse of a camp in the US, where German immersion is offered. It investigates 1) what sort of language ideologies are made use of and 2) what other missions resonate in the promotional practices. Drawing on an on-going collection of material gathered since 2008 (website, annual reports, newsletters, videos, Instagram and field notes from a summer spent as a German teacher at the camp) I demonstrate which discursive elements are put forward to attract certain campers (children, teenagers, families etc.). First, I argue that language competences acquired in “total immersion” are outlined as a possible investment for a successful future (Tedick et al. 2001; Duibhir 2018). The capacity to have a conversation in German is said to be fundamental with regard to the job market becoming more and more international. The efficiency of the immersive approach in combination with the presence of native speakers and/or highly competent speakers is highlighted and it is presented to guarantee substantial progress in only a few weeks. Thereby, normative monolingual ideologies dominate the discourse targeting potential campers. Second, I illustrate what kind of camp experiences are promoted seeking to meet different interests ranging from ecology to culture. Practices – done in and framed as German – include learning about heritage culture (e.g. authentic songs, literature, festivities) and nature (e.g. folklore outdoor activities, global climate change, outdoor practices). They can be linked to the US camp’s origin as a retreat from the condemnation of the city (Van Slyck 2006). My analysis suggests that “the immersive experience” is doubly promoted, by emphasizing the time spent in a German-speaking setting and the encounter with the natural world. It further sheds light on the middle-class audience targeted, sharing certain ideas of childhood and successful adulthood.

Duibhir, P. O. (2018). Immersion Education: Lessons from a Minority Language Context. Bristol: Multilingual Matters. Paris, L. (2008). Children's Nature: The rise of the American summer camp. New York: New York University Press Smith, M. B. (2006). 'The Ego Ideal of the Good Camper' and the Nature of Summer Camp. Environmental History, 11, 1, 70-101. Tedick, D., Christian, D. and Fortune, T. (eds.) (2001). Immersion Education Practices, Policies, Possibilities. Multilingual Matters: Bristol. Van Slyck, A. (2006). A Manufactured Wilderness: Summer Camps and the Shaping of American Youth, 1890–1960. University of Minnesota Press.

16:30
Immersion as branding: A preliminary analysis of immersion discourse in promotional materials in education

ABSTRACT. The heightened need for language skills under global capitalism (Duchêne & Heller, 2012) puts unfailing pressure on individuals to achieve proficiency in one or several additional languages (AL). Becoming bi- or multilingual is more than a practical need; it is a moral obligation of the self-responsible neoliberal subject (Gao and Park, 2015). Linguistic immersion as a pedagogical approach is certainly not new in mainstream education or heritage language programs, but its powerful emergence in commercial language teaching is a recent development. The aim of this paper is to conduct a preliminary critical analysis of the discourse of immersion in the promotional materials of (a) language schools; (b) mainstream education; (c) companies facilitating “immersion experiences”; (d) out-of-school programs and summer camps, collected in the Barcelona area. We will address the following questions: How is immersion conceptualized? What other concepts does it articulate with? What is immersion contrasted to? What hierarchy of immersion practices and learner subjectivities (Doerr, 2015) can be identified? How is immersion semiotically represented? We will then explore how the meaning of immersion is negotiated by actors on the ground, drawing on ethnographic data from an international school that promises immersion in English. We will analyze how the discourse of “immersion” gets taken up, challenged or modulated, by whom and under what circumstances. With this paper, we aim to shed light on the affordances and frustrations of immersion as the new AL learning frontier.

References Doerr, N. (2015). Learner subjects in study abroad: Discourse of immersion, hierarchy of experience, and their subversion through situated learning. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 36(3), 369–382. Duchêne, A., & Heller, M. (2012). Language in Late Capitalism: Pride and Profit. London: Routledge. Gao, S., & Park, J. S. Y. (2015). Space and language learning under the neoliberal economy. L2 Journal, 7(3), 78–96.

17:00-17:30Café e charla solidaria
17:30-19:30 Session 14A: Comunicacións libres. Presidente de mesa: Xosé Luís Regueira
Location: D12
17:30
Os valores comunicativos do silencio

ABSTRACT. Nesta comunicación abordaranse os diferentes valores que o silencio pode ter, discernindo entre os que posúen carácter comunicativo e os que non. Este estudo forma parte do traballo de tese que levo desenvolvendo desde 2015, con material oral gravado e transcrito. O corpus está formado por seis horas de gravación e 32 informantes, divididas/os en tres grupos xeracionais. O interese deste estudo é podermos observar a fala como un conglomerado de elementos que crean identidade, así como relación e distanciamento entre grupos de persoas. Esta idea é a que subxace á hora de propoñer os tres grupos xeracionais. Mais cada individuo dentro destes grupos ten unhas características que actúan a modo de variables tendendo lazos con persoas doutros grupos e separándoas, ás veces, dos seus propios. O silencio, como un axente máis nos actos de fala, funciona nesta liña á hora de crear unha tendencia comunicativa grupal. Deste modo, estableceremos as relacións que poidan existir entre os diferentes individuos tanto xeracionalmente como por razón de sexo. Como este traballo está sen rematar, limitarase a exposición a unha descrición dos valores que o silencio pode ter, sempre exemplificado con casos do corpus de fala mencionado. Polo tanto, buscarase dar resposta á influencia que ten pertencer a un grupo de individuos. Así mesmo, tratarase o peso da historia lingüística singular no uso dos silencios, xunto co valor da comunidade de fala concreta da zona en que se centra o estudo da tese.

18:00
Johannes de silentio: a fe no silencio

ABSTRACT. En *Temor e tremor*, obra de Kierkegaard asinada polo heterónimo Johannes de silentio, o silencio atravesa a totalidade do texto, elaborado como un discurso para dicir aquilo que non pode ser dito, "ou" (tamén) que non pode non ser dito. Trátase, en definitiva, dunha presenza do silencio que domina a obra por enteiro: desde o seu autor ("de silentio" non é apelido, senón máis ben epíteto dun suxeito que pertence ao silencio) até a cuestión obxecto do discurso, pasando pola configuración deste, concibido e operado como un peculiar eco dunha voz ausente, imposíbel, que fai presente no texto esta súa ausencia. Un silencio sonoro, podería dicirse. O presente traballo proponse analizar os distintos estratos que retoricamente configuran a obra asumindo como chave hermenéutica o "tema" da fe, que supostamente constitúe o seu obxecto. Tentaremos ver como Kierkegaard, máis que escribir unha obra sobre o silencio da fe, entrégase á tarefa, estritamente poética, de elaborar un relato sobre a base dunha fe no silencio: nun silencio plenamente significativo ("sonoro") capaz de facer resoar as voces apagadas por unha lóxica discursiva literalmente "dominante".

18:30
O silencio ante as falas locais do Bierzo: o caso do galego. Silence within local languages in El Bierzo: the galician language.

ABSTRACT. A actual macro comarca do Bierzo xunto con outras como Cabreira e Ancares son territorios onde lindan e se cruzan as variedades do leonés occidental e o galego oriental. Isto está demostrado por Menéndez Pidal, no 1956, primeiro e corroborado por Seco, no 1998 e 2004, entre outros. Hoxe en día a vitalidade do galego nesta zona atópase nunha situación menos crítica ca a do leonés. Ademais, parece existir, a nivel popular, certo rexeitamento ao uso das denominacións leonés e galego. Esta influenza ten orixe en determinadas ideoloxías lingüísticas así como na falta de información. Hai un silencio e as falas non parecen ser a gran escala nin tesouros nin problemas. En eidos como por exemplo os intentos de revitalización cultural (fóra da promoción do galego), as políticas públicas ou as demandas cidadás a cuestión da ou das falas está ausente.

As políticas lingüísticas existentes irían centradas cara ao castelán (como no resto da Comunidade Autónoma e provincia), a diferenza do que leva acontecendo en Galicia dende hai 40 anos. Existiría, así, un desenvolvemento de actitudes lingüísticas levemente diferente ao que se podería ver en Galicia. A maiores, entra a cuestión identitaria e disxuntiva fala/territorio.

Con esta comunicación procuraremos buscar explicación ao silencio que sofre o galego motivado polas ideoloxías lingüísticas subxacentes das persoas galegofalantes e o entorno maioritariamente non galegofalante. Analizando os discursos recolleremos eses puntos ideolóxicos interrelacionados entre si.

Outro dos obxectivos sería plasmar a importancia de ter en conta o contexto á hora da planificación lingüística e a intervención independentemente de que se trate da mesma lingua como é co galego.

Para este estudo empregaranse entrevistas semidirixidas non estruturadas. As conversas serían distendidas e amplas sen preguntas directas para captar as ideas automáticas destes últimos falantes que transmitirían aqueles conceptos sobre a lingua galega (e outros elementos ligados ao pasado) á súa descendencia. Isto axudaría a que hoxe entendamos a ausencia de apelación da calquera tipo ás falas locais e novos métodos de intervención.

17:30-19:30 Session 14B: Comunicacións libres. Presidenta de mesa: Elisa Fernández Rei
Location: D13
17:30
O corpus como recurso para dar visibilidade aos discursos en lingua de signos española (LSE): a temática “Vida xorda”

ABSTRACT. A investigación lingüística en linguas de signos pode e debe ser un instrumento para apoderar a comunidade xorda. Adherímonos a un modo de traballar que vaia más alá de “investigar sobre” e incorpore o “investigar con”, no convencemento de que esta perspectiva (1) lexitima as aportacións, (2) involucra os membros do colectivo xordo e (3) facilita os retornos. A metodoloxía baseada en corpus adáptase moi ben a estes obxectivos e ofrece oportunidades para dar visibilidade aos discursos en lingua de signos e á xordeira como experiencia vital. O proxecto RADIS da Universidade de Vigo adopta esta metodoloxía de análise. Na nosa comunicación mostramos que incorporar a temática “Vida xorda” no corpus ten vantaxes no que se refire á diversificación dos tipos de discurso na procura de variedades da lingua, con vistas á investigación gramatical, pero tamén permite por en primeiro plano os obstáculos das persoas xordas para acceder á linguaxe e gozar de prácticas comunicativas satisfactorias, particularmente na infancia e a adolescencia. Para obter este tipo de discurso deséñase unha entrevista que inclúe preguntas básicas para identificar a idade da xordeira, o tipo de familia (xorda ou oínte), o colexio ao que acudiu a persoa xorda entrevistada e o nivel de estudos alcanzado. A variable do colexio é particularmente relevante, xa que con frecuencia constitúe o elemento de transmisión da lingua de signos e determina un tipo de variación lingüística que é singular neste colectivo. Pídese tamén que se conte algunha anécdota sobre a experiencia da etapa escolar, pois búscase que apareza algún elemento relacionado coa aprendizaxe lingüística, as emocións que suscita o descubrimento da lingua de signos ou a posible diverxencia entre as prácticas comunicativas no colexio e a familia. Algúns dos discursos obtidos inclúen episodios habituais na experiencia xorda como a frustración pola dificultade de comunicarse ou a confrontación entre os métodos oralistas practicados no colexio e a necesidade de comprender nunha linguaxe adecuada ás súas destrezas lingüísticas. O corpus do proxecto RADIS conta con 13 arquivos (11 persoas xordas diferentes) que incorporan esta temática. 9 son entrevistas, 3 constitúen unha única conversación mantida por dúas persoas xordas, e un é un relato breve. Proximamente estará dispoñible en liña en isignos.uvigo.gal

18:00
A deslegitimação das minorias no discurso da extrema direita no Brasil e na Espanha: uma visão comparativa

ABSTRACT. Em 2016, quando o mundo assistia incrédulo à vitória de Donald Trump nas eleições americanas, pós-verdade foi escolhida palavra do ano pelo dicionário Oxford. Segundo a definição do prestigiado dicionário, o termo seria uma palavra fundamental para definir o nosso tempo “Relacionado ou denotando circunstâncias nas quais os fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que os apelos à emoção e às crenças pessoais”.* A abrangência da pós-verdade, no entanto, provou rapidamente não estar restrita a um fenômeno exclusivamente americano mas mundial: com presença confirmada nas campanhas do Brexit, nas últimas eleições presidenciais brasileiras e na ascensão do VOX no contexto espanhol após as últimas eleições autonômicas na Andaluzia.

Partindo da premissa de que a construção discursiva da pós-verdade foi uma das ferramentas mais utilizadas nas campanhas políticas do PSL de Bolsonaro, no Brasil, e do VOX de Santiago Abascal, na Espanha, este trabalho objetiva estudar os mecanismos de deslegitimação usados nos discursos de suas redes sociais oficiais. Por meio da análise deste conjunto de dados pretende-se identificar as estruturas (tanto palavras como construções sintáticas mais complexas) que são utilizadas por estes partidos como estratégias de deslegitimação, ou seja, como um método para produzir nos seus interlocutores um determinado pensamento e/ou emoção (Chilton, p.111, 2004) em relação a um determinado grupo social ou oponente político.

A metodologia aplicada no estudo será a análise qualitativa e quantitativa das formas de denominação mais frequentes que estes partidos e seus líderes utilizaram nas suas redes sociais durante o período das últimas campanhas eleitorais (no caso brasileiro de 7 a 28 de outubro e no caso espanhol de 16 a 30 de novembro). Estas formas de denominação serão classificadas não só pela sua natureza formal e as suas implicações semânticas e pragmáticas, mas também pelo ‘peso’ que têm nos discursos destes grupos. Desta forma, pretende-se identificar quais são os focos de interesse comuns e divergentes e também quais são as estratégias de deslegitimação mais utilizadas em relação aos diferentes tipos de opositores político-ideológicos. E, ainda, quais são as mais frequentemente aceitas e difundidas pelo eleitorado, analisando as reações e interações que estes ‘posts’ provocaram.

Além da fabricação de ‘verdades’ a partir de critérios não objetivos, duvidosos ou emocionais entende-se a pós-verdade como um discurso cuja principal característica é “uma recusa do outro ou ao menos uma cultura da indiferença que, quando se vê ameaçada, reage com ódio ou violência” (Dunker, p.28,2017). Estas reações podem ser observadas na construção discursiva das redes sociais que ora negam o outro ora tentam valorizar-se através da diminuição do outro, naturalizando políticas fascistas mas ao mesmo tempo recusando definições terminantes como o de extrema direita.

18:30
A importância do terceiro setor nas Políticas Públicas Educativas na fase da transição para a inatividade laboral e condição sénior orientadas para o envelhecimento ativo.

ABSTRACT. O presente projeto de investigação tem como objeto de estudo as experiências e perspetivas dos indivíduos sobre a transição para a inatividade profissional/reforma e condição sénior. Tenciona-se com recurso a uma abordagem metodológica mista (quantitativa e qualitativa) obter um aprofundamento da problemática. Dando voz aos atores se objetiva apreender os significados atribuídos às perspetivas ou vivências experimentadas no processo de transição, compreender as componentes que influenciam os quadros de existência e as dinâmicas, com ênfase nos processos socioeducativos. A universalização do direito à reforma surgiu na emergência do Estado Providência, através da revindicação dos movimentos sindicais, da tentativa de resolução de conflitos entre classe operária e patronato e da necessidade de recompensar os trabalhadores pelo seu trabalho (Fernandes, 1997). Em Portugal, o Estado-providência surge em contraciclo, acompanhado por várias dificuldades e acrescendo o facto de ser um país semiperiférico, nunca atingiu o poder semelhante aos restantes países (Estanque, 2017). A sua adesão à Comunidade Económica Europeia viu impulsionado a economia e a sua vertente social, bem como, a ampliação dos direitos sociais (Santos, 1992). Mais tarde, com o surgimento do capitalismo, as obrigações estatais estão vinculadas ao interesse do mercado, no controlo social e na preservação do status quo. O processo de globalização que estava a decorrer aumentou as interações à escala mundial com a integração dos países nas organizações de instâncias internacionais, resultante na redução do Estado de bem-estar e da desresponsabilização do papel do Estado em termos das políticas, incluindo as políticas de educação, transferindo a sua responsabilidade para as empresas e sociedade civil (Field & Schemmann, 1997). Contudo, as singularidades da sociedade portuguesa na dimensão social, a sua “economia solidária”, denominada por terceiro setor, tem representado um papel social fulcral reduzindo as lacunas do Estado auxiliando a “despolitizar” as dimensões de exigência europeias (Estanque, 2017, p. 54). Santos (1992, 1999) refere que a ausência de um Estado social forte é compensado por uma sociedade-providencia forte, onde o terceiro setor torna-se responsável pela regulação e emancipação social, processo acentuado pelas políticas de austeridade em vigor (Capucha, 2014; Estanque, 2017). Afonso (2003) apela para a importância da discussão em torno da valorização das redes entre o Estado e as instituições, que além de se apresentar como alternativas inovadoras às atuais políticas educativas, constituem um meio de legitimação da ação do Estado. Perante o exposto Santos (2002) alude existir uma globalização neoliberal e uma globalização alternativa contra hegemônica constituída por iniciativas e movimentos sociais visando a criação de uma emancipação social. Neste sentido importa debater a relação e a importância que o terceiro setor apresenta nestas dinâmicas sociais.

17:30-19:30 Session 14C: A política exterior da União Europeia face as novas realidades: discursos, vozes, silêncios e silenciamentos. Parte II. Coor. Serra Castilhos e Resende Alves
Location: D03
17:30
A UNIÃO EUROPEIA NO MUNDO: entre vozes e silêncios. Onde está a PESC?

ABSTRACT. A Política externa e de segurança comum (PESC) está regulada nos artigos 11º a 28º do Tratado da União Europeia (TUE), integrados no Título V sob disposições relativas à política externa e de segurança comum. A influência da União Europeia na esfera mundial não cessa de aumentar. O processo de integração, o lançamento do euro e o progressivo desenvolvimento de uma Política Externa e de Segurança Comum conferem, hoje, à UE um estatuto político e diplomático capaz de igualar o seu indubitável poderio económico e comercial. A União tem objectivos estratégicos em matéria de política externa, dos quais o principal consiste em construir uma Europa estável com uma voz forte no mundo. Será que consegue falar mesmo a uma só voz? Embora pretenda reforçar estas capacidades, se necessário, com a possibilidade do recurso à força sempre que os seus interesses vitais estejam em risco, e dar uma resposta mais eficaz a eventuais crises, isto não significa participar em guerras ou criar um exército europeu. Na prática a sua actuação consiste numa cooperação reforçada entre os Estados – Membros da UE na execução de missões humanitárias e de manutenção da paz. A União está progressivamente mais envolvida em questões de segurança, assumindo maiores responsabilidades nos processos de manutenção da paz e da estabilidade em partes do mundo próximas das suas próprias esferas de influência. Fica a questão entre a eficácia de se fazer ouvir, rápida e eficazmente quando necessário, e os silêncios da sua fragilidade, grande objectivo desta investigação realizada com uma metodologia qualitativa de análise da PESC.

17:50
A Retirada Unilateral de uma Notificação de Saída e o Silenciamento da União Europeia

ABSTRACT. Este “paper” pretende analisar a questão relativamente à possibilidade de um Estado-membro da União Europeia (UE) revogar a sua notificação de retirada. A questão é pertinente em virtude de estarmos a assistir ao desenrolar do Brexit e pelo facto de que no passado mês de dezembro o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) ter decidido uma questão prejudicial oriunda de um tribunal escocês – Processo C-621/18 Wightman and Others v. Secretary of State for Exiting the European Union – que pretendia saber se o Reino Unido podia retirar unilateralmente a sua notificação de saída à luz do Artigo 50º do Tratado da União Europeia (TUE). O problema deriva do facto do preceito em causa não resolver a questão e haver uma multiplicidade de interpretações acerca da validade de uma eventual alteração de posicionamento de um Estado-membro. A solução a dar à lacuna divide a doutrina. Por um lado, existem autores que negam essa possibilidade. Por outro lado, há autores que admitem tal possibilidade e recorrem ao direito constitucional, ao direito internacional e ao direito europeu para fundamentarem as suas posições. Na sua decisão o TJUE optou pela via do Direito da União Europeia para admitir a retirada unilateral de uma notificação de saída sem qualquer tipo de restrição. No entanto, tal entendimento que privilegia a atuação unilateral do Estado-membro silencia a União Europeia. Por outras palavras, a União Europeia não é ouvida neste processo independentemente do ato revogatório ocorrer dentro do período transitório ou durante a prorrogação do mesmo. Tal posição é criticável, na medida em que o nº 3 do Artigo 50º do TUE admite uma prorrogação do período transitório (i.e., o período temporal entre a data da notificação da intenção de sair e a retirada efetiva). Assim, importa analisar os contributos da doutrina e os fundamentos constantes da decisão do caso para analisar criticamente a solução do Tribunal de Luxemburgo, bem como tomar posição sobre a mesma. No caso concreto, não acompanhamos a totalidade das conclusões do Tribunal. Defendemos que a União Europeia deve ser ouvida (i. e., ter uma voz) no processo por via do Conselho Europeu se o Estado-membro que pretende retirar a sua notificação de saída quiser exercer esta faculdade durante a extensão ou prorrogação do período transitório. Semelhante posição assenta no facto de que nesta fase a continuidade do Estado membro na União deve-se não só à sua vontade, mas à concordância de uma das instituições da União Europeia.

18:10
O poder normativo da União Europeia enquanto sujeito internacional

ABSTRACT. Surgindo na cena internacional como sujeito de direito, “as a global player”, a União Europeia apresenta um poder normativo único e caraterístico numa evolução sui generis na cena internacional. Os atos legislativos que emana são dotados de uma voz supranacional e de uma natureza discutida na doutrina ao longo dos anos mas inquestionável eficácia, a par de outros documentos no silêncio da tipicidade dos tratados mas orientadores dos mais díspares discursos num contexto de “soft law”. Desenrola-se esse poder normativo na política interna e externa do contexto da personalidade jurídica da União Europeia (UE) nos moldes em que vem consagrada com o Tratado de Lisboa, desde 2009. Assunto já debatido na doutrina jurídica, fica determinado no artigo 47.° do Tratado da União Europeia (TUE) A atribuição de personalidade jurídica à UE reconhece-lhe a capacidade de celebrar e negociar acordos internacionais; tornar-se membro de organizações internacionais; e aderir a convenções internacionais, como a Convenção Europeia dos Direitos do Homem conforme o artigo 6.°, n.° 2, do TUE, assunto este ainda em aberto. Cada uma destas vertentes com as limitações adequadas pelo próprio direito da União Europeia. A metodologia seguida torna este estudo em descritivo-analítico através de pesquisa bibliográfica com consulta de monografias, publicações especializadas e sobretudo documentos oficiais (legislativos ou preparatórios) que consagram a questão de valorização da utilização das novas tecnologias na concretização do direito analisado. De pendor teórico-académico, é consolidado através da interpretação normativa sistemática e tem como intuito puro a ampliação dos conhecimentos em pesquisa numa abordagem qualitativa e exploratória. Com uma pesquisa descritiva, trata-se de explicitar e esclarecer, do ponto de vista da análise de documentação da União Europeia, o valor e capacidade da utilização das novas tecnologias em fazer cumprir um direito positivo que depende da atuação do Estado para sua concretização.

17:30-19:30 Session 14D: Estudios del discurso y orden familiar: Voces, silencios y nuevas realidades familiares. Parte II.Coor. Poveda e Moustaoui
Location: D05
17:30
Política lingüística familiar en un contexto migratorio: la comunidad rumana de Castellón de la Plana

ABSTRACT. Como es bien sabido, con la creación del estado-nación la nacionalidad adquiere estatus jurídico y comienza, precisamente, a definirse “ciudadanía” como pertenencia a una misma comunidad político-administrativa delimitada territorialmente (Piqueras et al. 2007: 22-23). El resultado es que las personas no tienen derechos por sí mismas sino en función de los territorios de los estados de donde vienen y a donde van. A este respecto, las políticas migratorias desarrolladas se han orientado, en la mayoría de ocasiones, a la aculturación y asimilación lingüística -cuando no la marginación y el aislamiento- de los inmigrantes en las sociedades receptoras para formar parte de la comunidad de “ciudadanos”. El propósito de esta comunicación es atender a las dinámicas familiares generadas por el proceso migratorio en la comunidad rumana y, en especial, analizar cómo es la política lingüística familiar (Lanza 2007;King, Fogle & Logan-Terry 2008; Hua & Wei 2016) del grupo rumano en Castellón de la Plana, capital de provincia que posee un 10% de población de origen rumano, la tercera en cifras de densidad poblacional solo por detrás de Madrid y Zaragoza (cf. Muñoz Carrobles 2011). Con un enfoque etnográfico basado en la observación participante y el análisis narrativo de las trayectorias y relatos de vida (Wodak, De Cillia & Reisigl 1999; De Fina 2003; Baynham y De Fina 2017) de los migrantes rumanos, se describe la gestión en la familia de los repertorios lingüísticos en un contexto multilingüe (cf. Nandi 2018; Moustaoui en prensa, Reyna Munian en prensa), esto es, las normas de interacción lingüística creadas en el entorno familiar, las ideologías lingüísticas surgidas en torno a las lenguas en contacto y a las prácticas translingües (García y Wei 2009), a la importancia del elemento lingüístico en la construcción discursiva de la identidad de los sujetos migrantes de diversas generaciones, etc.. Resulta, por tanto, necesario poner el foco en la importancia de los sujetos como agentes clave de la política lingüística (cf. Coupland & Jaworski 2009), también en la diáspora y, por ende, en el mantenimiento o no de la lengua de herencia.

Referencias bibliográficas

Baynham, M y A. De Fina 2017. “Narrative analysis in migrant and transnational contexts”. En Researching Multilingualism. Critical and ethnographic perspectives, M. Martin-Jones y D. Martin (eds.), 31-45. London/New York: Routledge. Coupland, N. & A. Jaworski (eds.). 2009. The New Sociolinguistics Reader. London: Palgrave Macmillan. De Fina, A. 2003. Identity in Narrative: A Study of Immigrant Discourse. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins. García, O. y L. Wei. 2014. Translanguaging. Language, Bilingualism and Education. London: Palgrave Macmillan. Hua, Z. & L. Wei. 2016. “Transnational experience, aspiration and family language policy”. Journal of Multilingualism and Multicultural Development 37 (7): 655-666. King. K. A., Fogle. L. y A. Logan-Terry. 2008. “Family language policy”. Language and linguistics compass 2(5): 907-922. Lanza, E. 2007. “Multilingualism and the family”. En Handbook of Multilingualism and Multilingual Communication, P. Auer & L. Wei (eds.), 45–66. Berlin: Mouton de Gruyter. Martín Rojo, L. 2017. “Language and Power”, En The Oxford Handbook of Language and Society, O. García, N. Flores & M. Spotti (eds.), 77-102. Oxford/New York: OUP. McCarty, T. L. 2015. “Etnography in Language Planning and Policy Research”. En Research Methods in Language Policy and Planning. A Practical Guide, F. M. Hult & D.C. Johnson (eds.), 81-93. Malden: Wiley Blackwell. Moustaoui, A. (2019). “Making children multilingual: Language Policy and Parental Agency in Transnational and Multilingual Moroccan families in Spain”, Exodus, migration and glottopolitics in the Spanish-speaking world (Special Issue), Journal of Multilingual and Multicultural Development, Morgenthaler García L. & C. Amorós- Negre (eds.), (en prensa). Muñoz Carrobles, D. 2011. “La lengua rumana en Madrid: observaciones sobre usos y actitudes lingüísticas”. Revista de Filología Románica 28: 191-208. Nandi, A. 2018. “Parents as stakeholders: Language management in urban Galician homes”. Multilingua 37(2): 201-223. Pajares, M. 2007. Inmigrantes del este. Procesos migratorios de los rumanos. Barcelona: Icaria. Piqueras, A. et al. 2007. Capital, migraciones e identidades. Inmigración y sociedad en el País Valenciano: el caso de Castellón. Castellón: Universitat Jaume I. Reyna Muniain, F. 2019. “Política lingüística familiar en contexto de diáspora. Lengua e identidad en la comunidad gallega de Buenos Aires”. En Migrationsbedingte. Sprachkontakte in der Romania des 21 Jahrhundert, eds. C. Patzelt et al. Berlin: Peter Lang (en prensa). Wodak, R., R. De Cillia & M. Reisigl. 1999. “The Discursive Construction of National Identities”. Discourse & Society 10(2): 149–173.

18:00
Interacciones en la primera infancia, nuevas familias y afecto

ABSTRACT. Este artículo presenta un avance de mis datos en torno a las prácticas de interacción y comunicación que se utilizan para organizar y construir el afecto en las actividades familiares cotidianas durante la primera infancia. El punto de partida es un estudio de video-etnográfico y longitudinal en curso realizado en el hogar de cuatro familias con niños pequeños del área metropolitana de Madrid (España).

El afecto es una preocupación central en la literatura psicológica en torno a la "infancia temprana", pero se ha centrado de manera abrumadora en la importancia del medio ambiente (es decir, los lazos maternos) y en los beneficios para el bienestar emocional de los niñxs y su futura adaptación social como individuo "normal". Sin embargo, los problemas socioculturales y cómo las personas reconocen y expresan sentimientos en contexto, solo se han tratado en una gran cantidad de estudios antropológicos.

Un primer análisis de mis datos sugiere que (1) en los discursos sobre la crianza actual hay un interés en el equilibrio emocional del bebé; El afecto y el desarrollo emocional son un tema presente en las preocupaciones y los proyectos parentales de algunxs madres/padres, (2) Este tipo de inquietud parece penetrar en el tipo de interacciones que se despliegan entre bebés y cuidadores, (3) los bebés ejercen la agencia y, en ocasiones, no responden a las expectativas de sus padres en la co-construcción de interacciones.

17:30-19:30 Session 14E: Immersion Education: A Social Approach. Parte II. Coor. Petit Cahill.
Location: Salón Graos
17:30
‘Giving a face to the language’: the role of English “native” language assistants (ENLAs) in the socialization of immersion

ABSTRACT. This presentation discusses the construction of English “native” language assistants (ENLAs) as linguistic and cultural agents of the socialization of immersion in Spanish-English bilingual programs in Castilla-La Mancha (CLM), Spain. English immersion via the incorporation of young “native” language assistants in the different CLIL-type bilingual programs in CLM schools has been central for the sustainability of elitization processes in both state-funded and state-funded private schools in this region (Relaño Pastor & Fernández Barrera, 2019). Drawing on recent work on the multidimensionality of language immersion as ideology and practice (Schwartz, 2018) and the tensions shaping the experience of English language assistants in the 21st century (Codó & McDaid, forthcoming), in this presentation I discuss the professional experiences of a group of seven ENLAs from the US, UK and Ireland, working as language assistants in the four schools of the sociolinguistic ethnography carried out by members of the APINGLO-CLM team (2015-2018) in La Mancha city (pseudonym). Taking a language socialization perspective to the role of ENLAs as agents of the imaginary of language immersion in Spanish schools, the presentation analyzes ENLAs’ responses to the circulating ideologies and practices of immersion they have to negotiate with other stakeholders (English and CLIL teachers, students and parents) together with the contradictions they have to reconcile in terms or their authenticity and legitimacy as English speakers.

References Codó, E. & McDaid, J. (2019). English language assistants in the 21st century: Nation-state soft power in the experience economy. Language, Culture and Society, 1(2). John Benjamins.

Relaño-Pastor, Ana M. & Fernández-Barrera, A. (2019) The “native speaker effects” in the construction of elite bilingual education in Castilla-La Mancha: tensions and dilemmas, Journal of Multilingual and Multicultural Development. 10.1080/01434632.2018.1543696

Schwartz, S. (2018) “The Language Immersion Model as Ideology and Practice”, Thematic panel organized at the Annual Meeting of the American Anthropological Association, San José, CA.

18:00
Towards a “reinvention” of Basque immersion education?

ABSTRACT. The goal of this presentation is to discuss the development of Basque immersion education in the last 40 years, focusing on enrolment data and students’ academic and linguistic achievements, as well as on how immersion education has evolved as a factor of social and educational development. In the initial part of the talk, I will refer to the socio-historic and sociolinguistic context of the Basque Country circa 1980. At that time, public institutions and grassroots movements succeeded in identifying Basque revitalization as a factor of social and educational innovation and as a key component of national identity (Ibarretxe & Espiau, 2018; Idiazabal, 2003; Idiazabal, 2017; Urla, 2012). As a result, immersion enrolment data have shown a constant increase, mainly in the Basque Autonomous Community (BAC). At this point, I will refer to the enrolment data of the other two territories of the Basque Country (Community of Navarre and Communauté du Pays Basque), in order to emphasize the influence of the diverse legal status of Basque on the development of immersion education. Forty years later, the discourse combining Basque revitalisation efforts, immersion education and social and educational innovation seems to have evolved significantly. Even though this discourse undoubtedly persists among educational actors, various studies have identified patterns of language use and ideologies among students and parents that do not fit in such an activist and pro-revitalisation discourse. It could also be the case that the afore-mentioned discourse is stronger among the immersion education communities of Navarre and CPB, in comparison to the educational communities of the BAC. I will try to argue that, on the one hand, the different legal status of Basque influence the degree of resistance and activism of immersion education actors. On the other hand, the rather positive discourses about Basque, mainly developed by the BAC public institutions, may also have led BAC educational actors towards softer or more relaxed positions dealing with the revitalisation process of Basque. Ibarretxe and Espiau (2018) state that the development of social innovation is more difficult in situations with high-level socio-economic stability, as compared to critical situations. However, even in favourable situations, the authors claim that constant reinvention is necessary in order to foster social innovation. Following these ideas, and in line with other studies (Eusko Jaurlaritza, 2013), I will identify two of the key challenges for the “reinvention” of Basque immersion education: a more efficient usage-based teaching of Basque, including an improvement of students’ linguistic competence and motivation; and new patterns of parental and teachers’ engagement with the revitalisation project.

17:30-19:30 Session 14F: Plantando Semente: Revitalización de base e activismo lingüístico na Galiza contemporánea. Coord. Dayán-Fernández e O'Rourke
Location: D06
17:30
Language activism and language revitalization through the lens of social movement theory: participatory methods and the co-production of knowledge

ABSTRACT. Bernie O’Rourke & Alejandro Dayan-Fernandez University of Glasgow

Introduction As a grassroots activist initiative, Semente provides a lens through which to explore the dynamics of language activism in minority language revitalization. While attempts to develop language activism as a coherent field of study are relatively recent, language activism, particularly in relation to (European) indigenous minority languages, has been the object of a wide range of work in the social sciences. Heidemann (2012) notes that researchers studying ethnonationalist mobilization have often identified language as a very central element of protest and claims making without actually problematizing it and suggests looking at language activism through the lens of social movements. Our case study of Semente as a language revitalization initiative builds on this emerging body of work (see Urla 2012; Heidermann 2012), which has to date been underexplored as a means of understanding language revitalization. In this panel will examine the dynamics of revitalization initiatives and the struggles, strategies, and successes of grassroots language activists on the ground. Our case study of Semente also builds on work by Hourigan (2003) who uses social movement theory to understanding minority language media campaigns across several European contexts. This provides a framework for comparative research in which social movement theory can be used as a framework to understand the dynamics of immersion school initiatives more broadly including similar initiatives such as the Gaelscoileanna movement in Ireland, Gaelic-medium education in Scotland and Ikastolas in the Basque Country. Our research approach and methodology in the project draws on a strong strand in applied linguistics, sociolinguistics, linguistic anthropology which involves giving priority to empowering models of research, that is, research on, for and with a wide range of stakeholders and partners. Our research lies within that tradition, drawing on methods of enquiry such as action research, where research is located in the realm of the practitioner (Carr and Kemmis 1984) and the co-production of knowledge. Our research has drawn on an action research as well as a participatory approach, bringing together academics, practitioners, parents and group leaders in pursuit of an agreed set of research aims. Through this co-production of knowledge our aim is to help guarantee the usability of the research outcomes for members of the language community (including the speakers themselves), identify gaps in existing knowledge and point to more user-ended avenues of research. To reflect these participatory methods, our session will consist of short presentations from some of the people involved in the knowledge which has been and continues to be co-produced as the project progresses:

1. Séchu Sende Séchu Sende é escritor, activista da Semente e profesor de galego no ensino público da Galiza. A súa intervención xirará arredor dos espazos de activismo creados para levar o mundo Semente fóra das aulas: obradoiros de danza, pandeireta, regueifa, aventura, etc. Estes espazos teñen o obxectivo de que a escola sexa ‘comunidade’ alén de edificio, criando un pequeno movemento social na cidade cun grupo de crianzas que viven en galego. 2. Bea Bieites Bea Bieites é profesora de Portugués na Escola de Idiomas de Compostela. Activista incansábel do movemento reintegracionista, é co-fundadora da Asssociaçom Cultural A Gentalha do Pichel, responsábel da súa comisión en defensa da lingua e tamén co-fundadora das escolas Semente. Bea falaranos dos inicios tanto da Asssociaçom Cultural A Gentalha do Pichel canto das escolas Semente e do papel do reintegracionismo como eixe vertebrador do seu proxecto lingüístico, cultural e identitario.

3. Marta Santos As Escolas de Ensino Galego de Semente som um espaço de pedagogia transformadora que entende a escola como parte integrante da sociedade; pretende servir aos interesses populares garantindo um processo de ensino aprendizagem democrático e fazendo possível que as crianças sejam cidadás livres e críticas.

Marta é funcionaria de carreira e traballa no eido da educación como formadora de futurxs profesionais da ensinanza. É tamén activista das escolas Semente e ocúpase de forma altruísta da coordinación pedagóxica entre todas as escolas Semente de Compostela, desde o nivel Preescolar ao de Primaria. Na súa intervención, Marta falaranos de tres eixos fundamentais no enfoque educativo das Semente: (1) a liña pedagóxica; (2) a coordinación da equipa docente; (3) o currículo co que se traballa.

4. Mirari Urruzola As in many other parts of the world, in Galicia, traditional native speaker communities have been eroded as a result of economic modernization leading to a break in the intergenerational transmission of the language in the home. The transmission of the language from one generation of native speakers to the next has for long been considered a crucial part of linguistic vitality (Fishman 2001), more recent theorization around new speakers has sought to explicitly question the native speaker ideology in language revitalization movements and (socio)linguistic research more generally (O’Rourke & Pujolar 2013). New speakers bring complexity to this paradigm and in particular prompt questions about their role as parents and as potential agents of sociolinguistic change in the process of language revitalisation. In the project we look at the experience of new speaker parents at Semente.

Mirari é do País Vasco e leva anos a vivir en Compostela. Namorada do mundo teatral, aprendeu a lingua organicamente para desenvolver o seu traballo no contexto galego. O seu compañeiro é Cubano. Ambos decidiron que a súa filla fose parte do proxecto de inmersión lingüística da Semente. Mirari falaranos da súa experiencia como neofalante de galego e como alumna das primeiras xeracións de Ikastolas en Euskadi. Tamés nos falará das estratexias para a transmisión da lingua no caso dos pais non seren nados na Galiza e os resultados, lingüísticos e alén, da pegada educativa da Semente na súa crianza.

5. Bernie O’Rourke and Alejandro Dayan Fernandez Discussion/debate There will be an opportunity for any other members of the Semente community who attend to contribute to the discussion’