IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE CULTURA LUSÓFONA CONTEMPORÂNEA – CICLC 2020

Crónica: Entre o Útil e o Fútil

ESECS/IPP, 4 e 5 de junho / 2020

CALL FOR PAPERS

Em 2020, o IV Congresso Internacional de Cultura Lusófona Contemporânea (CICLC 2020) une-se às celebrações do 25º aniversário da licenciatura em Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais / Instituto Politécnico de Portalegre (ESECS/IPP), ao escolher como tema a crónica.

Etimologicamente derivada de chronos – tempo -, a crónica confundiu-se com a historiografia até ao século XIX, quando a expansão da imprensa e do jornalismo a reinventam e a fazem renascer com a feição que hoje lhe conhecemos.

Ao afirmar que a “crónica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o leem”, Eça de Queirós cunha, no Distrito d’ Évora (1867), uma das primeiras definições da crónica moderna. Antes, Machado de Assis (1859) atribuíra ao folhetinista, o antecessor imediato do cronista moderno, a capacidade da “fusão admirável do útil e do fútil”.

Contemporaneamente, o termo “crónica” parece ser um termo guarda-chuva, que recobre uma panóplia de curtos textos de autor, cuja divulgação é feita através dos media, mas cujos objetivos e funções são muito diversas. Assim, a crónica é opinião e argumentação; é comentário da atualidade; é esclarecimento; é divertimento; é relato; é exercício literário; é experimentação artística; é séria; é divertida; informa; ensina; convence; é esquecida; é lembrada.

Não admira que, face à plasticidade que manifesta, a crónica continue a ser um problema para os seus cultores. Manuel António Pina, por exemplo, numa das suas crónicas interroga-se: “E o que é isto de crónicas? Se me perguntam (…) não sei o que é, se me não me perguntam, sei”. António Lobo Antunes chama-lhes “prosinhas”, “literatura alimentar”, lamentando que a escrita da crónica lhe roube tempo da escrita do livro, essa tarefa maior do escritor.

Também no espaço lusófono se acumulam exemplos de cronistas consagrados. Machado de Assis, Clarice Lispector, Rubem Braga, Luís Fernando Veríssimo, no Brasil; José Eduardo Agualusa em Angola; Mia Couto em Moçambique são apenas alguns dos nomes que podem ser apresentados como exemplo de cronistas.

A notoriedade da forma, atestada pela sua prevalência nos media tradicionais, pela migração da forma para plataformas online, a par da fortuna que goza no mercado editorial, parece ir ao encontro de uma nova máxima popular: a lusofonia é uma nação de cronistas.

Submissão de Propostas

O CICLC 2020 convida à participação de estudiosos de campos diversificados, interessados no estudo da crónica, nas suas diversas facetas e usos. As propostas poderão contemplar os seguintes tópicos, entre outros:

1. 1. Crónica na imprensa, rádio, televisão e nos meios digitais
   2. Crónica, opinião e política
   3. Crónica, divulgação e crítica cultural
   4. Crónica e crítica
   5. Crónica e formação de públicos
   6. Escritor@s cronistas e cronistas escritor@s
   7. Crónica e suas relações com outros géneros literários
   8. Crónica e viagens
   9. Crónica, ilustração e fotografia
   10. Crónica e humor
   11. Linguagem da/ na crónica
   12. Crónica como género textual

Cada proposta deverá incluir:

• título
• nome(s) do(s) autor(es)
• afiliação
• linha temática em que se inscreve
• resumo entre 200 a 300 palavras
• 3-5 palavras-chave

Cada proponente poderá apresentar uma proposta individual e uma em coautoria, ou duas propostas em coautoria. O tempo previsto para cada apresentação é de 20 minutos.

A língua do congresso é o português.

Datas importantes

• Data do evento – 4 e 5 de junho de 2020
• Submissão de resumos – 31 de janeiro             Nova Data: 29 de fevereiro
• Divulgação da aceitação – 29 de fevereiro        Nova Data: 31 de março
• Inscrições – 1 de março -30 de abril                  Nova Data: 12 de abril – 31 de maio
• Envio de comunicações para publicação – 31 de julho

Valores da Inscrição

• Participantes com comunicação            50€
• Assistentes (com certificado)                10€
• Assistentes (sem certificado)                Grátis
• Docentes e alunos do IPP                    Grátis

Comissão Organizadora

• Adriana Mello Guimarães
• Luís Cardoso
• Luís Henriques
• Maria Filomena Barradas
• Sónia Lamy
• Teresa Mendes
• Teresa Oliveira

Comissão Científica

• Adriana Guimarães (IP Portalegre, Portugal)
• Alexandre António da Costa Luís (UBI, Portugal)
• Ana Luísa Vilela (UE, Portugal)
• André Barata Nascimento (UBI, Portugal)
• Ângela Balça (UE, Portugal)
• Annabela Rita (UL, CLEPUL, Portugal)
• Carla Baptista (ICNOVA e FCSH/UNL, Portugal)
• Carla Rodrigues Cardoso (ULusófona)
• Carlos Teixeira (IP Bragança, Portugal)
• Catarina Menezes (IP Leiria, Portugal)
• Cheikh Mouhamadou Diop (Université Assane Seck, Senegal)
• Clara Nunes Correia (CLUNL e FCSH/UNL, Portugal)
• Clara Rowland (FCSH, UNL, Portugal)
• Dora Santos Silva (ICNOVA e FCSH/UNL, Portugal)
• Edgar Kirchof (ULBRA, Brasil)
• Eliane Debus (UFSC, Brasil)
• Elsa Simões (Universidade Fernando Pessoa)
• Ernesto Rodrigues (UL, CLEPUL, Portugal)
• Eugène Tavares (Université Assane Seck, Senegal)
• Fábio Mário (Univ. Federal do Sul e Sudeste do Pará/CLEPUL-GESG
• Fernanda Mota Alves (CEC, Portugal)
• Filipa Subtil (ESCSL – IP Lisboa, Portugal)
• Helena Cameron (IP Portalegre, Portugal)
• Isabel Moran Cabanas (Universidade de Santiago de Compostela, Espanha)
• Isabel Ponce de Leão (Universidade Fernando Pessoa, CLEPUL)
• Joana Meirim (UCatólica)
• João Luís Ourique (UFP, Brasil)
• José Eduardo Franco (Universidade de Lisboa)
• José Jorge Letria (SPA)
• Luís Bonixe (IP Portalegre, Portugal)
• Luís Henriques (IP Portalegre, Portugal)
• Luís Miguel Cardoso (IP Portalegre, Portugal)
• Maria Antónia Coutinho (CLUNL e FCSH/UNL, Portugal)
• Maria da Graça Gomes de Pina (Università degli Studi di Napoli “l‘Orientale”, Itália)
• Maria Filomena Barradas (IP Portalegre, Portugal)
• Maria José D’ Ascensão (IP Portalegre, Portugal)
• Maria José Gamboa (IP Leiria, Portugal)
• Maria Teresa Brocardo (CLUNL e FCSH/UNL, Portugal)
• Marisa Torres da Silva (ICNOVA e FCSH/UNL, Portugal)
• Miguel Real (Universidade de Lisboa, CLEPUL)
• Moisés de Lemos Martins (Universidade do Minho)
• Odete Jubilado (UE, Portugal)
• Renata Junqueira de Souza (UNESP, Brasil)
• Sandra Tuna (Universidade Fernando Pessoa)
• Sónia Lamy (IP Portalegre, Portugal)
• Teresa Mendes (IP Portalegre, Portugal)
• Teresa Oliveira (IP Portalegre, Portugal)
• Urbano Sidoncha (UBI, Portugal)

Parceiros Institucionais

• Academia Lusófona Luís de Camões (ALLC)
• Artes entre as Letras
• Câmara Municipal do Porto
• Cátedra Infante Dom Henrique (CIDH)
• Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
• Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL)
• CompaRes (Interanational Society for Iberian-Slavonic Studies)
• Cooperativa Árvore
• Foz Literária
• Instituto Europeu de Ciências da Cultura Pde Manuel Bernardes (IECC-PMB)
• Instituto Fernando Pessoa (IFP)
• LabCom
• Letras Com(n)vida
• Movimento Internacional Lusófono (MIL)
• Museu Virtual da Lusofonia
• Nova Águia
• Observatório da Língua Portuguesa (OLP)
• PUC-GOIAS, Brasil
• Sociedade Portuguesa de Autores
• Universidade Fernando Pessoa

Contacto

2020.CICLC@gmail.com